quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Falácia do Caso Werneck



Um dos problemas básicos do Brasil é que na mídia convencional não circula um ideário capaz de levar o país ao desenvolvimento pleno. Ou seja, a raiz do problema do Brasil é de ideia, de pensamento. 
Na mídia convencional brasileira o que circula é a mentira e o discurso falacioso. Mentira todo mundo sabe o que é. Já a falácia é a mentira travestida de verdade.
A política é uma ciência humana e deve ser manejada como tal. Significa dizer que a decisões políticas, o que inclui a escolha do voto, não devem ser subsidiadas por mentiras e por discursos falaciosos. Portanto, é muito importante que o cidadão tenha domínio básico das técnicas de retórica para saber identificar e, assim, desconsiderar o discurso mentiroso e falacioso no momento da tomada de suas decisões políticas. 
O discurso mentiroso é o mais fácil de identificar. Geralmente, ele é apresentado desacompanhado de contexto probatório. Também é aquele que se faz em incoerência com o histórico do político, por exemplo, pois o sujeito político deve ser avaliado pelo seu histórico. Seria como Carlos Moreira abraçar o discurso da ética em seu programa de rádio, quando, na verdade, seu histórico é de múltiplas condenações por ato de improbidade administrativa e desvio de verba pública enquanto ex-prefeito.
A falácia é um pouco mais difícil de identificar, pois, como disse, é travestida de uma verdade. Segundo a Wikypédia “na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega“. Do latim “fallere”, que significa enganar. No site da Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia) pode-se ter acesso às várias modalidades de falácias.
A edição da semana passada o jornal O Celeste, cujo editor, Gilson Elói, recentemente foi condenado a 8 anos de suspensão dos direitos políticos no processo que cassou os mandatos de Simone e Fabrício Lopes, publicou matéria que é um exemplo clássico de falácia na modalidade "Argumentum ad hominem", com a qual, em vez de o argumentador provar a falsidade do enunciado, ele ataca a pessoa que fez o enunciado.
Na matéria (imagem), que trata da situação escandalosa envolvendo o ex-vereador Werneck, que estava receitando medicamentos em posto de saúde, vê-se que o jornal, ao contrário enfrentar o mérito do caso, ataca o denunciante do ocorrido, ao estampar manchete que diz “Denúncia feita contra gerente de Posto de Saúde na Região do Cruzeiro Celeste pode complicar vida do denunciante”. Mais uma vez, o impresso presta um desserviço à comunidade, pois a Democracia e feita de instituições e o cidadão não pode ser desencorajado a efetuar denuncia diante do ilícito. Ao contrário, o cidadão deve ser encorajado a denunciar os malfeitores e as instituições devem funcionar buscando a responsabilidade dos envolvidos. Os fatos narrados sobre o ocorrido são graves e, à luz do Direito Penal, podem configurar exercício ilegal da medicina. Ou seja, é caso de política.
O cidadão não deve se amedrontar diante de matérias falaciosas como a publicada pelo jornal O Celeste, que segue como instrumento de manipulação política no Município. Ao contrário, deve sempre denunciar os ilícitos e cobrar atuação das instituições diante de cada caso. Só assim o país muda. 
E quanto ao jornal O celeste, se for o caso de leitura, faça-a sempre buscando identificar as mentiras e as falácias, considerando ainda seu histórico recente, que é de manipulação política de meio de comunicação.

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