terça-feira, 7 de março de 2017

Hospital Piorou



Em relação à inflexão ética do jornalista que publica que a curto prazo o Hospital Margarida melhorou, o que se pode dizer é que toda vez que o jornalista se porta a publiciteiro o resultado é pedante, enganoso e soa como matéria paga.
É óbvio que o Hospital Margarida, desde 1º de abril do ano passado, dia da mentira e data da posse do atual provedor José Roberto Fernandes, vem piorando numa bola de neve.
Em qualquer país, minimamente, sério figura como José Roberto Fernandes jamais ocuparia o cargo de gestor de uma instituição tão importante quanto o Hospital Margarida. Só a estreita relação do atual provedor com o inelegível ex-prefeito Carlos Moreira seria suficiente para tal. Moreira, além das causas que cassaram seus direitos políticos e outras tantas, é o pai do inacabado, interditado e pretenso hospital Santa Madalena, absurdamente, improvisado no prédio do antigo terminal rodoviário, ao custo de voláteis 22 milhões de reais em recursos públicos . Só foi prefeito porque utiliza poderoso meio de comunicação para manipular o eleitorado. Não fosse a utilização abusiva da Rádio Cultura, Moreira seria, politicamente, desconhecido em João Monlevade. Aliás, se fôssemos um país sério mais uma vez, Moreira estaria é na cadeia. 
Os números que são apresentados para justificar uma improvável melhora no Hospital Margarida são inaplicáveis ao caso porque se referem ao primeiro semestre de 2016, período fora da influência da “gestão efetiva” do atual provedor, que tomou posse apenas no final daquele interstício de tempo. 
A própria forma como tais números foram levantados demonstra que o Hospital piorou, porque traduz o descrédito que o atual provedor tem com a comunidade. Um provedor desacreditado será sempre ruim para o hospital. E aqueles números somente foram produzidos mediante o levantamento de uma Comissão Econômica, constituída pelo contador Carlos Arthuso, o diretor geral da Arcelormittal Monlevade, Marco Antônio de Macedo Bosco, o bancário Antônio Carlos Maroun e o empresário Sérgio Coura e formada, justamente, em razão do descrédito que a estreita relação entre José Roberto e o ex-prefeito Carlos Moreira impõe à atual providoria do Hospital.
José Roberto também já demonstrou várias vezes que não entende nada do assunto e que tem dificuldades para distinguir o público do privado. Seu desrespeito com profissionais da casa e a declarada falta de diálogo com os funcionários do hospital também o inabilitam para o cargo que ocupa. 
Não é preciso se socorrer em números para perceber que o hospital piorou com José Roberto Fernandes. O despejo e suspensão do convenio da Associação dos Amigos do HM para doações através da conta do DAE é fato latente. O hospital viu asfixiado seu principal parceiro e voluntário. O Bingo, importante fonte de recursos da casa, agora, é caso de polícia e, mais uma vez, o Hospital Margarida é forçado ao descrédito junto à comunidade: quem vai comprar cartela do Bingo da próxima vez em que for realizado? Se é que haverá uma próxima vez, pois a verdade é que José Roberto Fernandes sepultou o tradicional Bingo do Hospital, num literal jazigo de descrédito. 
E a renda do Bingo, estimada em 1 milhão de reais, como impacta nos números? Acho que a palavra, agora, fica com os integrantes da Comissão Econômica. O que eles acham disso tudo? Por que depois de todos os desmandos, não há seriedade que derrube o provedor? Ou será que só vão agir depois que José Fernandes fizer com o Hospital Margarida o mesmo que Carlos Moreira fez com o interditado e pretenso hospital Santa Madalena?

E por fim, depois que o diretor geral da Arcelormittal passou a integrar o Conselho Econômico do HM, a expectativa que se tem é que a siderúrgica passe a repassar, pelo menos, uns 250 mil reais mensais para o Hospital Margarida, a exemplo do que fazem outras empresas do ramo que é altamente poluidor e, portanto, demandante por oferta de serviços de saúde.      

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