sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Cai Mais Um

Essas quedas sucessivas de ministros do Governo Dilma são, simplesmente, sensacionais. Demostram um governo muito mais intolerante com a corrupção, do que o anterior. São precedentes importantes que devem se incorporar e se sedimentar no senso ético do cidadão comum e da classe política nacional. Ao contrário do que alguns estão dizendo, não se tratam apenas de mais uma crise política ou de mais um escândalo de Brasília, mas sim de novos e desejados avanços nos paradigmas que devem orientar a boa administração da coisa pública.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Seleção Natural Prandinista

De acordo com a consagrada Teoria da Evolução das Espécies, concebida pelo grande naturalista inglês Charles Darwin, os organismos presentes no ambiente são todos conseqüência de uma seleção natural, na qual as espécies que não possuem ou não adquirem características favoráveis ao meio em que vivem são, implacavelmente, extintas. Em outras palavras, quem não se adapta às condições da natureza desaparece da face deste planeta.
E é exatamente isto, uma curiosa seleção natural, que vem ocorrendo dentro da atual administração, desde a posse de Prandini, o que, em grande parte, explica a imensa debandada de aliados e a insistente dança de cadeiras que ainda acomete os altos escalões do governo, como ocorreu, recentemente, na substituição de chefias do DAE.
Assim que tomou posse, Prandini e seus imediatos instalaram na Prefeitura um modelo de gestão hermético, esvaziado de realidade, de planejamento, de diálogo e de participatividade, muitíssimas das vezes, orientado pela vaidade e pelo autoritarismo que o poder faz subir à cabeça dos despreparados.
E o resultado foi a confecção, dentro da Prefeitura e das demais repartições, de um ambiente político-laboral, no qual a fofoca, o puxa-saquismo, o desrespeito, a injustiça e todas aquelas passionalidades caninas, próprias da irracionalidade, prevalecem, além da mais óbvia e quase completa inoperância que tal modelo levou à máquina pública, fazendo do governo Prandini o mais estéreo dos últimos 20 ou 30 anos.
De tal forma que, quem se adaptou ou apresentou características favoráveis ao ambiente criado por Prandini dentro do Paço Municipal sobreviveu e permanece no governo. Quem não se permitiu participar deste teatro de horrores foi dispensado ou pediu demissão.
E, certamente, ao final, o grande mecanismo de seleção natural do meio político, o voto do eleitor, decidirá quem deve sobreviver ou ser extinto.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fotocharge Direta do Facebook

Prandini: Falhei

É, simplesmente, incrível a capacidade que o governo Prandini tem de inverter a realidade dos fatos e a posição natural das coisas. Recentemente, a assessoria prandinista deu início, por meio do Facebook e do YouTube, à veiculação de um vídeo intitulado “mesmo sendo perseguido, prefeito Gustavo Prandini realiza obras e agrada a população monlevadense”. Na gravação de áudio e imagens realizada dentro e fora do gabinete do prefeito, Prandini diz que esta realizando obras por todos os bairros e regiões da cidade e que tem sido perseguido e impedido de trabalhar por aqueles que denominou de “pessoas que torcem pelo quanto pior melhor”.
Ora, como Prandini fez a opção por abandonar, completamente, o projeto para o qual fora eleito, logo após a vitória nas urnas ou, simplesmente, não assumiu a posição que disse que assumiria, não lhe resta alternativa, dentro de seu universo de fantasias e sofismas, senão a de se colocar na posição de vítima e culpar alguém por seu insucesso. Inexoravelmente, o fracasso vem sempre acompanhado de uma desculpa. E tem sido assim, desde o início. A culpa é sempre da crise, da queda da receita, da imprensa marrom, da oposição, do fogo amigo e etc. O jargão “você é conseqüência direta de seus atos”, definitivamente, não combina com a fantasia e a falácia prandinistas. Para quem compreende a psicologia e a lógica (ou a falta dela) , vigentes no atual governo, o recado passado pelo prefeito é apenas um: falhei.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Leitor Comenta: A Quantas Anda o Pacto Umbilical

O senhor está, mais uma vez, certissimo em sua análise. Agora entendi porque estão buscando petistas de fora. Se fosse verdade que o Prandini estivesse querendo administrar junto com o PT essa discussão passaria primeiramente pela executiva do partido e também pelo Gleber. A própria presidente do partido a vereadora Dulcinéia disse que tomou conhecimento das novas contratações depois que os convites haviam sido aceitos pelos novos forasteiros. Trata-se de mais um golpe da dupla Prandini-Emerson pra cima dos aliados. Parabéns Dr. Fernando por nos ajudar a entender a jogatina dessa turma só pra tentar garantir a reeleição desse fiasco de prefeito.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dona Jandira



Em 07 de outubro passado, dia do calendário católico consagrado à Nossa Senhora do Rosário, a tradicional padroeira dos escravos e dos homens forros das Minas de Ouro, chamei a atenção dos leitores para a situação desumana em que se encontrava uma moradora de nossa cidade, a Dona Jandira. De lá pra cá, a situação daquela pobre senhora não parece ter melhorado. Ao contrário, piorou. Vejam nas fotos acima o que fizeram com o já precário abrigo improvisado pela Dona Jandira no passeio da Rua Lucindo Caldeira, não muito longe da Prefeitura Municipal.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Quantas Anda o Pacto Umbilical?

Para quem ainda não teve a oportunidade de se inteirar, Pacto Umbilical é aquele modelo hermético e anti-político de governo, adotado pela administração prandinista, no qual o ex-assessor de governo e atual assessor de comunicação Emerson Duarte toma, exclusivamente, as decisões político-administrativas relevantes e o prefeito Gustavo Prandini, automaticamente e sem consultar as bases, concorda e assina em baixo.
Trata-se de mal desenhado dueto, no qual, inevitavelmente, se verifica a seguinte conformação: uma cabeça, pretensiosamente, pensante, naquilo que lhe aproveita e um corpo, meramente, figurativo, naquilo que lhe envaidece.
Desde que Duarte foi substituído do comando da Assessoria de Governo da Prefeitura pelo psicólogo de Ipatinga, Tadeu Figueiredo, paira no ar uma sensação quase generalizada de que o Pacto Umbilical estaria se dissolvendo ou se fragmentando entre seus dois hemisférios. Ledo engano. O Pacto Umbilical nunca esteve tão robusto e tão operante. O momento é que demanda um recuo estratégico.
Se alguém ainda tinha alguma esperança de que o atual governo poderia apresentar algo de estruturante ou de construtivo para o povo deste Município, no próximo e último ano do mandato prandinista, pode tirar a mula da chuva, pois a pouca sinergia e a diminuta capacidade de realização, próprias desta administração, não estão mais empenhadas na tentativa de administração da cidade e seus arredores, mas, única e exclusivamente, na reeleição de Prandini. E é diante desta nova situação que o Pacto Umbilical sofre uma falsa metamorfose.
Muitos se confundem e atribuem a Emerson Duarte a responsabilidade pelos sucessivos erros que levaram o atual governo a amargar os mais baixos índices de aprovação popular da história de João Monlevade. Digo “se confundem” porque, apesar de Duarte possuir alguma culpa em relação a tudo de polêmico e de contraproducente ou a quase nada de construtivo que a atual administração tem apresentado até agora, a responsabilidade absoluta pelos erros e pela esterilidade do governo é do mandatário maior do Município, o prefeito Gustavo Prandini, seja por ação ou omissão, pois é ele quem, de uma forma ou de outra, instalou ou permitiu que se instalasse o modelo de gestão que hoje vigora na Prefeitura.
Confusão à parte, o fato é que tal situação, naturalmente, faz do ex-assessor de governo uma figura muito pesada, sob o ponto de vista político e, portanto, inadequada para o atual momento eleitoral que demanda figuras leves e agregadoras. Assim, o próprio Emerson Duarte se permitiu um recuo para os bastidores, retirando-se vanguarda governista e abrindo espaço para novas peças políticas que vão chegando do Vale do Aço, conforme os interesses do gabinete prandinista. O que muitos não percebem é que este espaço político que, finalmente, se abre para certos aliados não está relacionado com a administração de João Monlevade, mas sim com a já deflagrada campanha eleitoral de reeleição do atual prefeito.
O mais curioso, pra dizer o mínimo, é que, finalmente, quando o governo permite alguma abertura política para sua base, sobretudo para o Partido dos Trabalhadores, o espaço é preenchido por petistas forasteiros, o que, confirma a forte relação de paranóia que existe entre o Pacto Umbilical e os chamados aliados do governo.
Sempre, temendo o surgimento de alguma liderança que poderia se contrapor ao modelo umbilicaliano, Prandini e Duarte nunca permitiram abertura ou desenvoltura política a seus secretários ou assessores, durante os primeiros 30 meses de governo, por exemplo. E, sem sombra de dúvida, esta é uma das principais razões do insucesso administrativo de até então, eis que a política não deve ser resguardada apenas para o momento eleitoral, uma vez que toda a execução de um projeto, verdadeiramente, democrático de governo só pode ser materializada mediante a prática da boa política, principalmente para com os aliados.
Mas, como se trata de um modelo artificial e confuso por natureza (basta ver que quem governa não foi eleito para tal) e, portanto, incompatível com toda a complexidade de se administrar um Município do porte de João Monlevade, o Pacto Umbilical, para sua própria sobrevivência, deve se submeter à uma série de condições, igualmente, artificiais e confusas, tais como tratar aliado como inimigo, adversário como aliado; concentrar as informações relevantes, tentar manipular a opinião pública, manter o titular do poder isolado no gabinete e etc. Tudo o que resulta em insegurança, na completa ineficiência administrativa, na política do vai e vem, na falta de planejamento, nas crises administrativa, política, institucional, financeira e por aí vai.
Agora, diante da proximidade do momento eleitoral, o Pacto Umbilical não pode mais prescindir do uso da política para alcançar seus fins, sofrendo uma enganosa transformação estratégica, com a qual passa a conceder abertura para indivíduos que não possuem raízes com o contexto político local e que, a seu ver, dificilmente, ameaçarão o modelo umbilicaliano, enquanto Emerson Duarte continua ditando as regras e decidindo os rumos, mesmo que tortuosos, do governo e, consequentemente, do Município.
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Judicialização Prandinista

Nesta reta final de mandato, alguns aspectos do emaranhado não resolvido de crises que afetam, diretamente, a atual administração, dentre elas, em específico, as crises política e institucional, têm se desdobrado num infeliz fenômeno que pode ser chamado de Judicialização Prandinista.
A clara intolerância para com a diversidade de opinião, a livre manifestação do pensamento e o regular exercício do direito de informação tem levado o prefeito Gustavo Prandini a mover processos judiciais contra órgão da imprensa local, proprietário, editor e funcionários de jornal; vereador e até contra amigos de longa data.
Recentemente, foi o artista - com ele mesmo se intitula - e (ex) amigo de infância do prefeito, Marcelo Sputnik, que entrou na mira processual do chefe do Executivo, por ter postado em seu site na internet, o Brasil PQP, dois vídeos em que o mandatário maior do Município é flagrado perdendo a compostura, em plena praça pública, durante evento oficial da prefeitura.
Imaginem só que entre as várias reclamações constantes do processo que tramita na 1° Vara Cível desta Comarca, o prefeito se queixa de ter sido chamado de “Prandini lero-lero”, pois, segundo suas fundamentações, a expressão “lero-lero” conota a alguém que não cumpre o que promete. Dá pra acreditar?
O fato é que esta nova fase do governo prandinista demonstra, claramente, a dificuldade do chefe do Executivo local em receber críticas desfavoráveis, e por conseguinte, em lidar com a diversidade de opinião própria do Regime Democrático, regime sem o qual - é bom que se diga - ele não teria nem mesmo sido eleito prefeito, além de evidenciar a opção inadequada do agente público em recorrer ao Judiciário, numa triste tentativa de resolver questões emergidas dentro de um contexto de total inabilidade política.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sputnik

Peço desculpas aos leitores por ainda não ter postado nada esta semana. É que o artista, Marcelo Sputnik, me deu muito trabalho esses dias. Amanhã, eu explico.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pisca Alerta Aceso

Uma prática que tem se tornado recorrente, contribuindo para dificultar ainda mais o já caótico trânsito monlevadense é a de certos motoristas pararem ou estacionarem seus veículos em local proibido, deixando o pisca alerta ligado, como se dissessem “sei que estou errado, sei que estou atrapalhando, mas não me olhe torto nem me multe, pois não posso fazer nada, a não ser ligar o pisca alerta”. A autoridade de trânsito (existe isso em JM?) não proíbe a parada ou o estacionamento em determinado ponto da via por mero capricho. As proibições ocorrem, via de regra, sempre visando o interesse comum que, neste caso, é o de se organizar um trânsito fluido, desembaraçado e seguro. Para a legislação de Trânsito, o simples fato de se acionar o pisca alerta não excepciona ou autoriza o estacionamento ou a aparada em local proibido. É preciso mais respeito e menos cara de pau.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Falta D`água

Terça-feira passada, concedi uma rápida entrevista ao jornalista Thiago Moreira da Rádio Cultura, no programa das dez da manhã. Entre os temas abordados, levantei a absurda situação de falta d’água no Bairro José Eloi, que àquela altura já perdurava há longos 7 dias. Por coincidência ou não, no fim da tarde daquele mesmo dia, a água jorrou das torneiras do bairro, com grande pressão, como há muito tempo não se via. Já que o DAE tem sido espoliado das finanças (700.000,00 reais) que deveriam ser aplicadas na manutenção e na ampliação da capacidade da rede de abastecimento de água, o que, sem dúvida, concorre, diretamente, para a falta d`água que se tem verificado, com maior ou menor intensidade, em vários pontos da cidade, gostaria de fazer uma apelo à direção da autarquia no sentido de que o fardo pela falta d´água provocada pela atual administração não seja sustentado apenas por um bairro, seja ele carente ou não. Mas, sim por um rodízio de bairros, independentemente, das condições sociais de seu moradores de modo a democratizar a falta d`água. Afinal, na democracia, cada povo tem o governante que merece e as conseqüência de uma má escolha eleitoral devem ser suportadas por todos.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Prandini no PV

Ontem, em entrevista coletiva concedida na sede do Partido Verde, o prefeito Gustavo Prandini anunciou que não vais mais abandonar a sigla partidária. É que, dentro de uma estratégia para se reeleger prefeito de João Monlevade, Prandini pretendia se filiar ao Partido dos Trabalhadores. O absurdo ficou por conta da justificativa dada pelo chefe do Executivo para continuar filiado ao PV. Na ocasião, esperava-se, no mínimo, que o prefeito reafirmasse seu compromisso com as bandeiras levantadas pelo seu partido, como a causa ambiental, por exemplo. Ou que dissesse, pelo menos, o quanto continuava fiel aos ideais, princípios e companheiros da agremiação partidária, através da qual se elegeu prefeito. Mas, não. Prandini foi seco e esclareceu que não lhe restava opção, senão a de continuar no PV, pois, do contrário, correria o sério risco de ser cassado novamente, desta vez, por infidelidade partidária.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Concurso Público Prandinista

Por recomendação do Ministério Público Estadual, foi, finalmente, realizado no dia de ontem o concurso público para preenchimento de vagas nos quadros da Prefeitura de João Monlevade. Incrivelmente, os examinadores, ou seja, aqueles que aplicaram as provas, eram, em sua grande maioria, ocupantes de cargos comissionados do governo Prandini, o que significa dizer, pessoas, obviamente, parciais sobre o ponto de vista político. Houve até situação em que o examinador era, hierarquicamente, subordinado ao examinado. De onde se deduz, que o exame não foi realizado em ambiente propício à isonomia e à igualdade de condições que devem nortear qualquer concurso público. Outra questão que também chamou a atenção envolve o conteúdo das provas de conhecimentos locais que se revestiram de cunho muito mais político-publicitário do que, realmente, cognitivo. Para se ter uma idéia, houve perguntas sobre o projeto Monlevade às Claras, Lei de Mototaxis, sobre o nome do novo diretor do DAE e etc, ou seja, apenas perguntas sobre temas que o gabinete prandinista considera como pontos positivos em seu governo. Nada foi perguntado sobre a dívida da prefeitura, a falta d’água na cidade ou a Prandinet, por exemplo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Mulher Invisível







Como se vê pelas fotos, o título desta postagem não é alusivo a alguma minissérie da rede Globo de televisão, tão pouco ao recente sucesso de bilheteria do cinema nacional, estrelado por Luana Pionvani e Selton Mello. Trata-se, na verdade, da real invisibilidade que alguns cidadãos monlevadenses, em visível situação de necessidade material básica, têm diante da Administração Pública local. Esta mulher de idade já avançada e de postura curvada pelo peso da inseparável trouxa de guardados que sempre carrega consigo é a Dona Jandira, residente no passeio público da Rua Lucindo Caldeira, não muito longe da Prefeitura Municipal, num instável abrigo de caixotes improvisado por ela sob uma fina lona de plástico. Uma pessoa idosa e sozinha como a Dona Jandira não pode permanecer numa situação de tão espantosa falta de dignidade como essa, vivendo na rua, sujeita à chuva, ao frio e sabe-se lá o que mais. É dever desta Prefeitura e, principalmente, daqueles que vieram para "mudar o que tem de mudar" amparar e prover com as materialidades básicas inerentes à dignidade da pessoa humana, como moradia, alimentação, saúde, lazer e etc, não apenas a Dona Jandira, mas qualquer um que se apresente em condições tão degradantes de carência absoluta(apesar das coisinhas dela serem todas muito arrumadinhas neste espaço reduzido). Gostaria de fazer um apelo ao prefeito Gustavo Prandini e à sua secretária de Trabalho Social, Cláudia Paiva, que enxergassem a difícil situação da Dona Jandira, de modo a ampará-la, a dar-lhe um teto decente e um pouco de dignidade. Gostaria também que ela não fosse, simplesmente, empurrada para o Albergue Municipal e que o caso fosse tratado, respeitando-se o seu direito de ir e vir, além de suas peculiaridades subjetivas que podem e devem ser levantadas por um assistente social.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Trânsito

Nesta manhã de chuva fina que dificulta ainda mais o já caótico trânsito monlevadense, eu gostaria de levantar apenas dois pontos. Primeiro: os proprietários das carretas devem compreender que via pública não é local para se estacionar esses monstros sobre rodas. As carretas devem ser alojadas ou estacionadas em pátios próprios ou em garagens adequadas, para que não ocupem o espaço viário que deve ser destinado ao tráfego de veículos. Segundo: a largura da Rua do Andrade e da Avenida Getúlio Vargas, na altura do Bairro Santa Bárbara, entre outras, não comportam o estacionamento de veículos em ambos os lados da via. Quando isso acontece, o que tem sido bastante freqüente, só é possível o tráfego de um carro por vez, numa pista que é de mão dupla. Além do grande risco de colisões frontais, o embaraço é freqüente, criando contenções. É preciso regulamentar pela proibição do estacionamento em um dos lados destas vias para possibilitar o livre trânsito de ambas as mãos de direção .

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Prandini na Prestação do Faz de Conta

Na última sexta-feira, obedecendo à determinação contida na Lei de Responsabilidade Fiscal ( parágrafo 4° do art. 9°), foi realizada no plenário da Câmara de Vereadores a prestação de contas das metas fiscais (receitas x despesas) da Prefeitura, relativas ao segundo quadrimestre de 2011. Como não poderia deixar de ser, em se tratando do governo Prandini, o que se viu naquela ocasião foi mais um festival de obscuridade e de falta de transparência, que por si só justificam o baixíssimo quorum de apenas três vereadores e alguns gatos pingados da audiência pública, pois aqueles que lá estiveram foram feitos, literalmente, de bobos da pretensa corte prandinista. É inaceitável para a Câmara e para o povo de João Monlevade que uma equipe da Secretaria de Planejamento do Executivo Municipal pratique um ato imposto pelo ordenamento jurídico, desviando-o de seu objetivo claro de informar com a transparência devida sobre as finanças públicas. Ora, qualquer prestação de contas deve se caracterizar como um instrumento de transparência e de honestidade. Ocultar da população, dentro de um ato administrativo próprio a aquele fim, o montante da crescente dívida acumulada pelo atual governo, que, posteriormente, foi estimada por órgão da imprensa local em assustadores 10 milhões de reais, é um absurdo colossal, um ultraje contra o Legislativo, um desrespeito com o povo monlevadense e mais uma demonstração de que Prandini nasceu para a vergonha do engodo político-administrativo. O vereador presidente da Comissão de Finanças deveria ter suspendido a seção e só considerar como prestadas as contas, após a demonstração cabal da dívida pública acumulada agigantada nesses últimos 34 meses pelo prefeito Gustavo Prandini.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Desfiliado

Para a felicidade de alguns, alegria momentânea do gabinete prandinista e, concomitantemente, minha tristeza, apresentei, hoje, o pedido de desfiliação do Partido dos Trabalhadores de João Monlevade à presidente Dulcinéia Caldeira. Deixo o PT a contra gosto, pois continuo a acreditar no Partido, em seus princípios e em seu conteúdo programático. É em Prandini que eu não acredito em absoluto. E pelo que vejo, apesar de não contar com o apoio de importantes nomes petistas, o Partido dos Trabalhadores deve, oficialmente, caminhar com o atual prefeito de Monlevade nas próxima eleições. E isso,por todas as tristes razões que venho expondo neste blog, eu não posso fazer.

11 Vereadores

Ontem, em reunião extraordinária, a Câmara decidiu diminuir de 15 para 11 o número de vereadores que passa a vigorar já para as próximas eleições. Vê-se, claramente, que a diminuição do número de edis se deveu a uma estratégia do governo Prandini, que, diante do tenebroso momento político-administrativo que vive, enxergou o quanto seria difícil eleger e/ou compor uma Câmara governista, caso continuasse em vigor o número de 15 cadeiras legislativas. Em outras palavras, diante do insucesso prandinista, a chance das novas cinco cadeiras serem ocupadas por oposicionistas nas próximas eleições era muito maior do que o contrário. É difícil dizer se o Legislativo Monlevadense fica melhor ou pior, diante desta alteração, eis que o problema da Câmara, certamente, não é quantitativo, mas sim qualitativo. Infelizmente, o fisiologismo e a troca de favores imperam na Câmara, em detrimento do Interesse Público. Com raras exceções, vereadores votam, exclusivamente, em favor do governo em troca de cargos e outra benesses. Além do mais, sob o ponto de vista técnico, a atividade parlamentar produzida pela vereança local é de péssima qualidade, em todos os sentidos. Como advogado, por vezes, sou levado a buscar amparo na legislação municipal para defender o interesse de algum cliente e o que vejo, via de regra, são leis mal redigidas, que não trazem em seu bojo as condições técnicas e econômicas para sua aplicação, erros de gramática e de semântica que dificultam sua interpretação, cópias integrais de leis de outros municípios que em nada têm a ver com Monlevade e etc. Para se ter uma idéia, outro dia, eu estava estudando o texto de uma lei monlevadense (não me lembro o número, agora) que dispunha sobre a instalação de torres de telefonia móvel (celulares) no município. E nesta lei, para meu espanto, havia um artigo que proibia a instalação das tais torres em reservas indígenas. Dá para acreditar? Copiaram o texto de uma lei de outro município e aprovaram. Falta também à Câmara um corpo técnico de assessoria, assim como ocorre na Assembléia ou no Congresso, para auxiliar as comissões e toda a atividade parlamentar, o que não pode ser confundido com a Procuradoria Jurídica, como acontece hoje. E por fim, falta a criação de uma cultura social de observância da legislação municipal. Falta apresentar ao cidadão monlevadence o conjunto de leis que regem o Município, como a Lei Orgânica, o Código de Posturas, o Código de Obras, as leis sanitárias, as leis ambientais, as leis de preservação do patrimônio histórico cultural. Também deve ser papel da Câmara instruir o cidadão quanto da observância da lei, pois, a lei não é posta apenas para punir. Muito pelo contrário, ela pune tão somente o mau cidadão, enquanto para o bom, ela cria a liberdade, o respeito, o sossego, o ordenamento, o bem estar, a igualdade, a dignidade e a fraternidade.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Novo Anexo da Câmara

Logo que tomou posse da presidência da Câmara, o vereador pastor Carlinhos se envolveu em uma série de polêmicas, umas mais e outras menos relevantes. Primeiro, quis instituir a verba de gabinete para os edis, em seguida, disse que construiria uma nova sede para o Legislativo “na marra” e, por fim, envolveu-se no tumultuado caso do crucifixo. Nota-se que, com exceção para o caso do crucifixo e outros mais, as principais polêmicas geradas pelo pastor Carlinhos envolvem o aumento de gastos da Câmara Municipal, o que coloca o vereador pastor como um presidente da casa, nitidamente, ávido por executar o orçamento do Legislativo. Ele quer, porque quer gastar. Agora, apesar de a Câmara Monlevadense estar instalada numa sede nova, ampla, moderna e projetada para comportar 15 vereadores, o presidente da Casa, o vereador Pastor Calinhos, polemiza novamente, afirmando que vai construir um novo prédio anexo ao Legislativo, independentemente, da possível e ainda iminente redução das cadeiras do parlamento local. Ora, onde é que está o interesse público que deveria nortear esta ou qualquer outra proposta do Legislativo? Fazer “na marra” não é nem nunca será justificativa aceitável para o interesse público. Dentro desta tônica do “gastar por gastar”, o pastor deveria articular com o prefeito a aplicação do repasse anual da Câmara na construção de uma escola em tempo integral no Bairro São João ou no Estrela Dalva. Assim, seria mais fácil de se vislumbrar o interesse público e o gasto ocorreria do mesmo jeito. Quem sabe assim, o nobre vereador poderia até colocar o nome de seu honrado progenitor nessa escola, como fez com o estacionamento do Hospital Margarida.

sábado, 1 de outubro de 2011

Esterilidade e Desolação: Conseqüências do Fogo







Este é o resultado do incêndio ocorrido, nos arredores do Social Clube, Vila Tanque, na última quinta feira. O dano ambiental é visível. Plantas frutíferas que produzem alimento para pássaros e pequenos mamíferos foram, literalmente, esturricadas, como demonstram o mamoeiro e as várias bananeiras vitimadas pelas chamas. Houve queda de árvores, que foram, completamente, consumidas pelo fogo. Isso, sem falar em toda a sorte de pequenas criaturas, como insetos, répteis, anfíbios e etc, todos essenciais ao bom funcionamento do ecossistema, que, certamente, foram dizimados pelas grandes labaredas (vide postagem anterior). Os responsáveis por Incêndios dessa natureza deveriam ser vistos e tratados como os verdadeiros criminosos que são.