quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal


Agradeço aos leitores e desejo a todos um feliz natal e um ano novo repleto de saúde, paz, fraternidade e realizações. Que, em 2012, João Monlevade escolha um governante que possa retirar o Município deste período político-administrativo de trevas, em que se encontra hoje e que a cidade possa retomar, definitivamente, sua cultura de progresso e de desenvolvimento há muito perdida. Um forte abraço a todos!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Prandini dá Mau Exemplo e sai pela Tangente

Ontem, ao passar pela Rua do Andrade, entre as avenidas Wilson Alvarenga e Getúlio Vargas, percebi que o carro do prefeito Gustavo Prandini (foto acima), um Fox preto de placa final 43, estava estacionado, em local proibido, em frente a garagem de sua residência, onde são permitidas apenas paradas de no máximo 10 minutos para o embarque e o desembarque, conforme indica a sinalização de trânsito presente no local. Depois de uma hora, voltei ao mesmo ponto daquela rua e o carro preto, ostentando na placa o número do Partido Verde, permanecia lá, dando continuidade ao desrespeito às leis de trânsito. Parei, novamente, e comecei a fotografar o flagrante de mau exemplo dado pelo prefeito de João Monlevade, na porta de sua própria casa. E não é que avisaram ao prefeito e ele veio, pessoalmente, para também ser fotografado. Vejam (foto abaixo) como ele sai pela tangente quando vê que o fotógrafo era eu. Numa cidade em que o desrespeito às normas e às leis pertinentes se caracteriza como a condicionante principal de um trânsito, totalmente, caótico, fica difícil de se ter alguma esperança por melhora, quando o mau exemplo vem de cima.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Férias


Estou me preparando para tirar férias. E a grande consideração e a gratidão que tenho para com os leitores deste blog levam-me a informar que nos próximos 30 dias estarei muito mais ausente do Monlewood, postando apenas de forma extraordinária, se for o caso. Ninguém é de ferro! Um enorme abraço a todos e meu muito obrigado.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dívida Prandinista Traz mais Incerteza quanto ao Piso do Magistério

Como se não bastasse toda a enorme dificuldade em encorajar os governantes estaduais e municipais a cumprir a lei federal que estabelece o piso nacional do professor ou a triste lembrança dos absurdos episódios de autoritarismo e de insensibilidade do governo Prandini em relação à extrema prioridade de valorização dos professores.
Agora, o cumprimento do piso salarial, em João Monlevade, nos moldes da lei municipal 920, possui um novo e robusto inimigo: a enorme e descontrolada dívida do Município, que já é estimada em assustadores 20 milhões de reais.
Considerando o montante atual da dívida prandinista, já é certo que, além das barreiras políticas já vivenciadas em relação ao cumprimento do Piso do Magistério, os professores da rede pública monlevadense também terão que enfrentar a justificativa plausível de um grande aperto financeiro, necessário ao pagamento e à gestão do grande passivo fiscal deixado por Prandini.
A matemática é simples: a necessidade de honrar os compromissos da dívida, certamente, não vai deixar margem orçamentária para o cumprimento das obrigações municipais frente a efetivação do piso salarial, dentro da lei 920, por um bom tempo. E quanto maior for a dívida – é bom lembrar que ainda temos pela frente um ano (eleitoral) de governo Prandini – maior serão a incerteza e a dificuldade financeira de cumprimento do Piso do Magistério, dentro do plano de cargos e salários da lei 920.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Dívida Prandinista e Muito Menos

Pode-se dizer que esta monstruosa, descontrolada e crescente dívida do Município, que, hoje, está estimada na assustadora casa dos 20 milhões de reais, ou seja, mais de 15% do orçamento anual da Prefeitura, já possui um nome: a Herança do Governo Prandini.
Além das tristes e absurdas lembranças que permanecerão no imaginário popular por muitos anos, Prandini vai deixar também um dívida que, certamente, repercutirá uma década à frente, impondo sacrifícios que, de uma forma ou de outra, serão sentidos por todos.
Não há como negar, o próximo prefeito vai ter que cortar na própria carne. Por exemplo: investimentos que deveriam ser realizados, normalmente, nos mais diversos setores da administração pública, como na Educação, na Saúde, no Dae, na Cultura, no Trabalho Social, no Hospital Margarida e etc terão que ser, parcialmente, cancelados e alguns até mesmo anulados, numa forma de se economizar para a Prefeitura conseguir pagar a dívida deixada por Prandini.
Serão menos leitos no PA, menos vagas nas escolas, menos ruas calçadas, menos limpeza urbana, menos abastecimento de água, menos redes de esgoto e muito menos, para todos nós pagarmos a conta deixada por Prandini. É o que Gustavo Henrique Prandini de Assis vai deixar para o futuro de João Monlevade.
E o tamanho do sacrifício vai depender de como os cidadãos de bem desta cidade e suas instituições, notadamente, a Câmara de Vereadores, vão responder à irresponsabilidade de um prefeito e de sua equipe, que gastam, desenfreadamente, ninguém sabe com o que.
Ou o (a) leitor(a) acha que o gabinete prandinista, por livre e espontânea vontada, vai passar a enxugar a máquina e cortar gastos? Em ano de eleição? O governo não tem outra coisa em mãos para usar na tentativa de reeleição de Prandini que não seja a máquina pública. E em assim sendo, a tendência é de aumento de gasto, ou seja, de aumento da dívida.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Casa


Na semana passada, a Prefeitura instalou, em plano elevado da Praça Sete, uma casinha de madeira, muito jeitosinha, que, imagino eu, deve compor a ornamentação natalina daquele espaço público. O engraçado foi como a visão daquela casinha me remeteu, instantaneamente, a um famoso poema de Vinícius que marcou muito a minha infância:

A Casa

Vinícius de Moraes

Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada


Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão

Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede


Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali

Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero



Poema dedicado à Cláudia Paiva, secretária de Trabalho Social, e ao prefeito Gustavo Prandini.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lembrança Premente







Sexo Frágil (?)


Estou devendo essa foto há muito tempo! Coisa de extravio de arquivo recuperado ou vice e versa! Faltou Bete Nepomuceno...Preciosidade!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Crucifixo: Ou todos os Religiosos de cada Religião, na Câmara, ou Nenhum

Enquanto todos pensavam que a polêmica criada pelo vereador pastor Carlinhos em volta do crucifixo da Câmara já não passava de uma triste página virada da história política do Município, o cidadão monlevadense é surpreendido pela notícia de que o pastor-político (será?) recorreu da decisão judicial que determinou a volta da imagem religiosa para o plenário do Legislativo local, sob a alegação de que o Estado é laico.
Argumentou também o pastor que a saída para dirimir a questão passaria, hipoteticamente, pela implantação, na Câmara, de símbolos de todas as religiões representadas em João Monlevade, mas que a inviabilidade pratica de tal medida levaria à supressão de todo e qualquer símbolo religioso. Ou todos ou nenhum, alegou o pastor.
Nesta oportunidade, a questão do crucifixo poderia ser abordada sob o ponto de vista da intolerância religiosa ou da grande discórdia que já produziu e pôde ser vista com muita intensidade pelas ruas da cidade e nas galerias da Câmara ou da grande temeridade em, supostamente, se criar, como objetivos eleitoreiros, uma perigosa animosidade entre as comunidades católica e evangélica ou, ainda, abordar as raízes histórico-culturais da Igreja e de seus símbolos junto ao Estado Brasileiro, ao longo dos últimos 500 anos. Mas não vou fazer isso.
Prefiro desdobrar os argumentos formulados pelo próprio pastor-político (tenho minha dúvidas) na tentativa de convencer o Tribunal de que o crucifixo não deve compor o plenário da Câmara.
Ora, se Estado Laico é aquele que não tolera em si qualquer afinidade de cunho religioso, nem mesmo as relações históricas, tradicionais e culturais pertinentes, por óbvio, também não deve permitir que indivíduos que pratiquem algum ministério religioso, como é o caso de padres, pastores, clérigos, rabinos, monges, pais de santo e etc, assumam cargos públicos eletivos.
Se o Estado é, realmente, laico, como diz o edil Carlos Lopes, pastor não pode ser vereador, sob pena de estarmos diante de uma situação que, certamente, pode contaminar a coisa pública e a política com elementos religiosos. Se um simples símbolo religioso, que é inanimado, não pode compor o cenário da Câmara, um pastor ou qualquer outro religioso, que, obviamente, tende a desempenhar sua atividade parlamentar com base nos preceitos de sua própria religião, também não pode ser membro do Poder legislativo.
Assim, o Pastor Carlinhos, para cumprir as diretrizes do Estado Laico que ele está querendo reinventar, deveria abdicar de seu ministério na respeitosa Assembléia de Deus ou renunciar a seu mandato na Câmara. Ou, então, deveria aguardar o momento em que cada religião representada em João Monlevade elegesse seu respectivo vereador para, então, assumir a vereança. Ou todos os religiosos de cada religião, na Câmara, ou nenhum.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Partido Verde Lero-Lero: Ambientalista Comenta o Corte de mais uma Árvore

QUANDO OS GATOS SAEM OS RATOS FAZEM A FESTA.

Fui informado hoje através da Central de Espionagem PQP, que o Prefeito aproveitou a ausência do ambientalista Marcelo Sputnik, do município de João Monlevade – Minas Gerais, para autorizar o corte de árvore em frente do novo prédio da família. Alegação foi de que a árvore estaria atrapalhando a visão do prédio e suas folhas estão sujando o terreiro.

PARTIDO VERDE LERO-LERO.

Brasil PQP-Marcelo Sputnik

Prandini Corta mais uma Árvore Urbana

Lamentavelmente ou ironicamente, nunca se cortou tantas árvores em João Monlevade, quanto no governo do partido que se diz levantar a bandeira das causa ambientais, o Partido Verde de Gustavo Prandini.



A copa da árvore vista nesta fotografia tirada há alguns meses, enquanto uma máquina da Administração Pública local, prontamente, efetuava uma escavação para a instalação da rede de esgoto do prédio, em construção, das tias do prefeito Gustavo Prandini, era da Sibipiruna que foi cortada na manhã de ontem, no passeio da Avenida Wilson Alvarenga, Carneirinhos, ao lado do número 911, por funcionários da Prefeitura.

Vista do prédio, em construção, das tias do prefeito Gustavo Prandini, em frente do qual, no passeio público, foi cortada a árvore da qualidade Sibipiruna.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Encontro




Ontem, em meio ao exuberante cenário de mata atlântica do Floresta Clube - antigo Caça & Pesca - foi realizado mais um encontro dos Blogueiros da web monlevadense. Como sempre, cervejinha gelada, tira gosto, excelente conversa, causos, novidades e a essencial camaradagem de bons amigos.
Desta vez, contamos com as presenças dos blogueiros Márcio Passos, Marcelo Melo, Célio Lima, José Henrique, Werton Santos, Dias, além da minha - é claro - e dos leitores Teotino Damasceno, Pedro Paulo, Zé da Conceição e do pré-candidato a prefeito de João Monlevade, o médico Railton Franklin (PDT).
Sentimos falta dos demais blogueiros e, em especial, do amigo Marcelinho Dentista. Parabéns a todos!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Trem


Logo após a saída de acesso à estrada do Forninho estão instaladas, nos respectivos sentidos da via, duas placas de sinalização de trânsito que, pretensamente, se colocaram na posição de anunciar, com a dileta precisão, o cruzamento com a via férrea, pois vejam o que está escrito nelas: Trem. Ora, a boa mineridade dita que trem é, exatamente, qualquer coisa, uai? Antes tivessem escrito: atenção, travessia de troço de ferro sobre trilhos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Crise Moral Brasileira

Até a década dos 80, a Igreja Católica manteve seu posto de autoridade moral da sociedade brasileira. Obviamente que, em se tratando de uma instituição formada por homens e mulheres mortais, a Igreja cometeu erros e acertos, desde que aportou em terras tupinambás a bordo das caravelas de Cabral.
O que não pode ser negado é o imprescindível papel de norteadora das relações morais cotidianas entre cidadãos, desempenhado pela Igreja, ao longo de grande parte da história do Brasil, como já dito.
Após a redemocratização do país, ocorrida em 1988, o princípios informadores do Estado laico, que, finalmente, se instalava com maior efetividade, foram reservando à Igreja uma atuação muito menos relevante no contexto moral nacional.
O grande problema é que a República Brasileira, que neste 15 de novembro último celebrou seu 122° aniversario, parece ainda não ter percebido a imensa lacuna deixada pelo afastamento da Igreja de suas funções como agente moral estatal, pois naqueles idos Igreja e Estado se confundiam.
Atualmente, se percebe que, para o senso comum, a responsabilidade pela crise moral vivida pelos brasileiros tem sido creditada à família, como se ela fosse a responsável direta pelo desnorteamento comportamental generalizado dos dias de hoje.
É um grande erro. A família, na verdade, é a primeira vítima deste processo. Não se pode cobrar da família a construção de um ambiente de norteamento moral, sem que o Estado indique o norte, assim como o fazia com a Igreja.
Nos paises desenvolvidos, o norte é dado através da mídia e, sobretudo, através da escola. No Brasil, a regulamentação da mídia é confundida com censura e a escola pública, que também vive sua crise, é, em geral, voltada apenas para os vestibulares.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Uso Eleitoreiro da Frente de Trabalho e outras Coisas Mais

Tratando-se de uma administração, politicamente, hermética, anti-partidária, fechada às boas articulações políticas e, portanto, atrapalhada, estérea, paralítica e, reconhecidamente, falida o governo Prandini, por óbvio, não possui muito o que oferecer ou algo pelo que merecer na recomposição de sua base eleitoral que não sejam empregos, gratificações e outras benesses eleitoreiras no uso da máquina pública.
A Frente de Trabalho, por exemplo, um programa que por lei deveria ser voltado apenas para cidadãos em situação de grave vulnerabilidade econômico-social, nunca esteve tão inchada e tão desfiada de sua função, assumindo o vergonhoso contorno de verdadeiro cabide de empregos para acomodar os cabos eleitorais do atual prefeito.
Outro caso de uso eleitoreiro da máquina administrativa tem sido o emprego de máquinas e equipamentos da Prefeitura, como as pás e retroescavadeiras, adquiridas pelo governo prandinista para serem pagas pelos próximos prefeitos e que já assumiram uma atividade frenética por lotes e terrenos de particulares em troca de votos. Tão intenso tem sido o empregos destas máquinas que foi necessário ao governo ajeitar o produto de seus desaterros num lixão ilegal, improvisado no leito de um recurso hídrico.
A largada para a corrida eleitoral já foi dada. E eleição é igual jogo de futebol: não vale gol como mão. A regra tem de ser obedecida e cada cidadão e pré-candidato deve assumir o seu papel de zelador do processo democrático, informando ao Cartório Eleitoral as suspeitas de uso eleitoreiro da máquina pública e outras ilegalidades mais.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Natureza


As capacidades de transformação e de adaptação da natureza são quase inacreditáveis. Veja que apesar da toda a adversidade, atualmente, verificada no ambiente urbano de João Monlevade, como ruas e calçadas esburacadas, lama e lixo pelos calçamentos, além de coisas como excrementos de animais e etc, em meio a isso tudo, em plena Praça Sete, neste princípio de verão, vicejou este intenso e perseverante buquê de azaléias.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sola de Sapato na Campanha Prandinista

A exatos 10 meses das próximas eleições municipais, a curiosidade dos diversos atores políticos da cidade, principalmente os de oposição, vai se aguçando a ponto de despertar todo tipo de suposição a respeito de como será a campanha eleitoral do prefeito Gustavo Prandini.
Num Município como o de João Monlevade, as campanhas bem sucedidas para a eleição do prefeito têm sido feitas, via de regra, gastando-se muita sola de sapato, num contado próximo com o eleitorado.
E neste quesito, o pré-candidato Gustavo Prandini sai com imensa desvantagem. Primeiro, porque tem passado, praticamente, todo seu mandato trancafiado e encastelado em seu gabinete, dentro de um modelo de gestão hermético e antipático, sob o ponto de vista político, que não permite, sequer, um relacionamento direto e verdadeiro com sua própria base aliada.
Segundo porque o isolamento político-administrativo do governo, somado a questões próprias do prandinismo, resultou em tanta ineficiência, tanta polêmica e tanta trapalhada, além de numerosos atos de autoritarismo, que o povo já se encontra, espontaneamente, saturado da figura do político Gustavo Prandini. Por onde se vai nesta cidade e se aventa o nome do atual prefeito, o comentário lhe é sempre desfavorável, com raríssimas - repito - raríssimas exceções.
E num contexto desta natureza, a certeza que prevalece é a de que o atual prefeito vai ter bastante dificuldade em caminhar pelas ruas de determinados bairros, pedindo votos. Ele pode se preparar para a hostilidade política que o aguarda e que, desta vez, não virá dos adversários da oposição, mas sim do próprio povo. E aí sim, quando este momento chegar, toda a fantasia que tem infestado o gabinete prandinista começará a se desfazer na mais verdadeira e dura realidade.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Lixão do Prandini

Na quinta feira passada, a Prefeitura do Partido Verde foi autuada pela polícia especializada por desrespeitar a legislação ambiental. Segundo matéria veiculada, recentemente, na imprensa monlevadense, o governo Prandini mantinha um aterro ilegal, localizado ao lado de um recurso hídrico, onde eram descartados entulho de construção e lixo doméstico.
Obviamente, Monlevade é uma cidade de topografia montanhosa que, ao lado da frenética atividade vivenciada, ultimamente, pelo setor da construção civil, inspira desaterros, aterros e outras movimentações de grande quantidade de terra. Cabe ao poder público ordenar e fiscalizar este processo.
No entanto, quando aquele que deveria proteger a flora, a fauna e, principalmente, os possíveis mananciais de água para o futuro, passa a assumir o papel de destruidor e poluidor, tem-se inaugurado o caminho da perdição.
É, realmente, muito difícil de entender o porquê de se despejar lixo doméstico ao lado de um ribeiro, se o Município, através do consórcio instituído no âmbito da Amepi, mantem um caríssimo Aterro Sanitário destinado, justamente, a este fim: a deposição do lixo domestico produzido no Município. Será que o Aterro Sanitário já esgotou sua capacidade e a Prefeitura, ocultando a informação, estava dando mais um de seus jeitinhos?
A coisa é tão séria que, durante a operação da Polícia Ambiental no Lixão do Prandini foram flagrados até funcionários da Frente de Trabalho, catando material reciclável. Frente de Trabalho separando Lixo? E para quem o material era separado?
É o governo do Partido Verde que veio para “mudar o que tem de mudar”.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cemitério Histórico de Monlevade

No início da tarde do último feriado de finados, estive no Cemitério Histórico, localizado ao lado da sede do Social Clube, no Bairro Vila Tanque, para prestar uma singela homenagem aos grandes pioneiros e patronos da metalurgia industrial dessas terras, o nobre francês Jean de Monlevade e o luxemburguês Dr. Louis Ensch.Àquela altura do dia, mais de 100 pessoas já haviam assinado o livro de presença disponibilizado pela direção da Usina na portaria daquela antiqüíssima e importante construção.
O Cemitério Histórico é, realmente, um ambiente de muita paz e está muito bem cuidado, conservando seus portões, seus muros de alvenaria de pedra, suas sepulturas e um paisagismo muito harmônico e belo que potencializa ainda mais a sensação de tranqüilidade de quem visitanta do lugar.Não se sabe ao certo quantas pessoas estão enterradas naquele cemitério. As sepulturas hoje existentes somam um total de 06 e trazem em suas lapides os nomes de Jean Antoine Felix Dissandes de Monlevade, de Louis Jacques Ensch e de sua esposa Dona Maria Coutinho Ensch (enterrados na mesma sepultura), de Erwin Kruger, de Orozimbo Bemvindo Brasileiro, de José Alvim e de Senhorinha da Silva.Curiosamente, não vi o nome de Dona Clara Sophia de Souza Coutinho, a esposa de Monlevade e sobrinha do mais famoso, excêntrico e opulento senhor de Minas de Ouro (Mina do Gongo Socco, entre outras) do Primeiro Império Brasileiro, o Barão de Catas Altas.
O certo é que, considerando que o antigo cemitério também se destinou ao sepultamento dos escravos da Fazenda e da Forja Catalã de Jean de Monlevade, pode-se estimar que mais de 1 ou 2 centenas de indivíduos encontraram seu descanso na serenidade daquele lugar, já que, como consta do relatório produzido pelo próprio Monlevade no auge da produção de sua fábrica, seu empreendimento contava com 150 escravos treinados na arte do ferro, além de ótimos pedreiros, carpinteiros, terreiros, carvoeiros, telheiros, arrieiros e outros ofícios mais.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Prandini X Hospital Margarida = Impeachment

Atônito, o povo monlevadense assiste a mais um triste desdobramento da já conhecida crise entre o governo Gustavo Prandini e o Hospital Margarida.Aliás, na eterna crise institucional instalada na atual administração, só o Papa ainda não foi vítima da vaidade e dos devaneios prandinistas.
Desta vez, depois de notificada pelo reiterado descumprimento do convênio celebrado com o hospital, com o qual se obrigou a efetuar, mensalmente, um repasse financeiro da ordem de R$260 mil para o custeio do Pronto Socorro da Casa de Saúde, a administração prandinista se deu até ao trabalho de publicar uma nota, redigida pela Procuradoria Municipal, com a qual tentou, em vão, se eximir das responsabilidades naturais que, certamente, possui para com o único hospital da cidade, além de afrontar e ultrajar toda a população monlevadense, demonstrando, mais uma vez, sua completa incapacidade de se firmar num contexto realista de tomadas de decisão e sua grande insensibilidade para com as questões prioritárias do Município.
A importância, literalmente, vital que o Hospital Margarida possui para Monlevade e região parece não ser vista apenas pela administração prandinista. Apesar das dificuldades vividas nos últimos anos, o HM tem sido referencia regional em saúde durante décadas.
Ao contrário do que afirma a nota mal publicada pelo gabinete prandinista, o HM não é apenas mais uma instituição privada que deve assumir os riscos econômicos de sua atividade. O Margarida é uma instituição filantrópica, integrada ao Serviço Único de Saúde, que presta serviço público de caráter essencial, do qual a população não pode prescindir, em absoluto.
E se isso, realmente, se concretizar, estaremos diante de um fato que, por si só, justifica o impeachment deste prefeito que aí esta, pois não se pode permitir que o maior mandatário do Município, mesmo considerando todas as trapalhadas e as polêmicas que já criou, vire às costas para o povo que o elegeu, de maneira tão gritante, absurda e desumana .


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mais Ficha Limpa

A manchete“Lei da Ficha Limpa não barra Carlos Moreira” veiculada hoje por órgão da imprensa local demonstra que o ex-prefeito, apesar das enormes incertezas jurídicas de sua candidatura, é sim candidato ao cargo de maior mandatário do Município nas próximas eleições.
E seu maior cabo eleitoral chama-se Gustavo Prandini. Depois do total desastre que se revelou a administração prandinista, o eleitorado não quer mais ouvir falar em renovação e juventude. Mas, sim recolocar no poder um governo que já foi experimentado pelo monlevadense e mostrou-se menos desastroso do que o atual. Considerando que a administração prandinista é, sem dúvida, a pior que já existiu, qualquer ex-prefeito estaria bem colocado, à essas alturas.
É bom lembrar que a juíza eleitoral escalada para o próximo pleito é a Dra. Paula Murça, titular da Primeira Vara Cível, onde Moreira já sofreu várias condenações por ato de improbidade administrativa.
O fato é que as incertezas jurídicas da Candidatura do ex-prefeito Carlos Moreira prometem trazer bastante instabilidade política às próximas eleições e até mesmo à um possível governo moreirista, pois já são tantos os processos que o radialista responde na Justiça que o fantasma da cassação, certamente, voltará a assombrar a Prefeitura, seja pela Lei da Ficha Limpa, pela suspensão dos direitos políticos ou até por fato definido como crime.

Moreira na Lei da Ficha Limpa

Muito bom o tópico da edição de hoje do Jornal A Notícia a respeito da palestra ministrada pelo colega advogado e especialista em Direito Eleitoral, Rodolfo Viana Pereira. Alias, estive presente à Câmara naquela ocasião e fiquei muito impressionado pela contextualização histórica e pela clareza da apresentação. Pena que a matéria não foi completa a ponto de se confundir.
Lembro-me que o palestrante, como consta do jornal, levantou a tese de que a Lei da Ficha Limpa não poderia ser aplicada a casos ocorridos antes de sua vigência e, para ilustrar, citou o exemplo do ex-senador Joaquim Roriz, que, na iminência de ter seu mandato cassado por graves acusações de corrupção, renunciou para escapar da suspensão de seus direitos políticos.
Como renúncia para escapar da cassação dos direitos políticos configura hipótese de inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa e a Roriz acorreu antes da vigência da dita lei, com base no princípio da irretroatividade legal, ou seja, de que a lei, em regra, não pode ser aplicada a fatos pretéritos, o ex-senador não poderia ser alcançado pela Lei da Ficha Limpa. Corretíssimo! O que não ocorre com o caso do ex-prefeito Carlos Moreira. Suas condenações foram todas posteriores à vigência da Lei.
No final da palestra, quando a bancada do plenário da Câmara destinada a receber os representantes da imprensa monlevadense já se encontrava vazia, foi aberto um espaço para perguntas dos presentes ao palestrante. E recordo-me muito bem que o jornalista Carlos Coelho indagou ao advogado Rodolfo Viana, se candidatos condenados em segunda instância, já na vigência da Lei da Fixa Limpa, por ato de improbidade administrativa(art. 1°,I, L, LFL) praticados antes da entrada em vigor da dita lei, como é o caso de Moreira, estariam inelegíveis.
A resposta foi que, nesta hipótese, dependeria do STF considerar se o princípio da inocência se aplicaria ou não caso. Se sim, Moreira ainda não estaria inelegível. Se não, Moreira já estaria impedido de se candidatar.
A Constituição consagra que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (art. 5°- LVII). É o chamado o Princípio da Presunção da Inocência, que, se aplicável ao caso de Moreira, dependeria do trânsito em julgado, ou seja, do exaurimento das vias recursais de suas condenações por ato de improbidade administrativa e não apenas por um órgão colegiado (Tribunal de Justiça), como já aconteceu e prescreve a Lei da Ficha Limpa.
O corre que tal princípio somente é aplicável à matéria criminais ou penais. É regra de interpretação do Direito que a lei na traz palavras desnecessárias. Perceba que a constituição fala em sentença penal, ou seja, em sentença motivada por ato definido como crime. E ato de improbidade administrativa não possui natureza criminal. Mas, sim de Direito Administrativo. Significa dizer que, uma vez condenado à suspensão dos direitos políticos pelo Tribunal de Justiça, por ato de improbidade administrativa, Moreira já estaria, tecnicamente, inelegível, ao contrário do que foi veiculado, hoje, na imprensa local.

Nuvem

No fim da tarde da última sexta feira, entre as últimas luzes do dia, fotografei um fenômeno atmosférico bastante impressionante, que, posteriormente, receberia até um poema. À leste de João Monlevade, no horizonte, uma nuvem, verdadeiramente, colossal erguia-se no firmamento, irrompendo os céus, enfurecida, em meio a uma intensa e assustadora dinâmica de rede muinhos turbulentos. Para minha feliz surpresa, ontem, quando, rapidamente, dava uma passada pela blogosfera, deparei-me, novamente, com a face daquele colosso incrível. Só que desta vez, ele (foto abaixo) estava acompanhado de um poema:

Nuvem


Como algodão doce, ela vem do leste
Colorida pelo sol que se põe no oeste
Cheia de brilhos e luzes fulgurantes
Toda ruidosa, barulho retumbante
Traz junto o assombro de ventos uivantes
e o poder da tempestade que a terra investe!

Mauro Lucio Rodrigues

Arte do fotógrafo, músico, pintor, poeta, homem de luzes, sempre presente nos encontros dos blogueiros e autor do blog Shutter , além de várias outras qualidades, Mauro Lúcio. Para mais imagens, acesse: http://mlr33.blogspot.com.Segundo informações do próprio Mauro, posteriormente, houve a notícia de chuva de granizo em Antônio Dias.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Cai Mais Um

Essas quedas sucessivas de ministros do Governo Dilma são, simplesmente, sensacionais. Demostram um governo muito mais intolerante com a corrupção, do que o anterior. São precedentes importantes que devem se incorporar e se sedimentar no senso ético do cidadão comum e da classe política nacional. Ao contrário do que alguns estão dizendo, não se tratam apenas de mais uma crise política ou de mais um escândalo de Brasília, mas sim de novos e desejados avanços nos paradigmas que devem orientar a boa administração da coisa pública.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Seleção Natural Prandinista

De acordo com a consagrada Teoria da Evolução das Espécies, concebida pelo grande naturalista inglês Charles Darwin, os organismos presentes no ambiente são todos conseqüência de uma seleção natural, na qual as espécies que não possuem ou não adquirem características favoráveis ao meio em que vivem são, implacavelmente, extintas. Em outras palavras, quem não se adapta às condições da natureza desaparece da face deste planeta.
E é exatamente isto, uma curiosa seleção natural, que vem ocorrendo dentro da atual administração, desde a posse de Prandini, o que, em grande parte, explica a imensa debandada de aliados e a insistente dança de cadeiras que ainda acomete os altos escalões do governo, como ocorreu, recentemente, na substituição de chefias do DAE.
Assim que tomou posse, Prandini e seus imediatos instalaram na Prefeitura um modelo de gestão hermético, esvaziado de realidade, de planejamento, de diálogo e de participatividade, muitíssimas das vezes, orientado pela vaidade e pelo autoritarismo que o poder faz subir à cabeça dos despreparados.
E o resultado foi a confecção, dentro da Prefeitura e das demais repartições, de um ambiente político-laboral, no qual a fofoca, o puxa-saquismo, o desrespeito, a injustiça e todas aquelas passionalidades caninas, próprias da irracionalidade, prevalecem, além da mais óbvia e quase completa inoperância que tal modelo levou à máquina pública, fazendo do governo Prandini o mais estéreo dos últimos 20 ou 30 anos.
De tal forma que, quem se adaptou ou apresentou características favoráveis ao ambiente criado por Prandini dentro do Paço Municipal sobreviveu e permanece no governo. Quem não se permitiu participar deste teatro de horrores foi dispensado ou pediu demissão.
E, certamente, ao final, o grande mecanismo de seleção natural do meio político, o voto do eleitor, decidirá quem deve sobreviver ou ser extinto.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fotocharge Direta do Facebook

Prandini: Falhei

É, simplesmente, incrível a capacidade que o governo Prandini tem de inverter a realidade dos fatos e a posição natural das coisas. Recentemente, a assessoria prandinista deu início, por meio do Facebook e do YouTube, à veiculação de um vídeo intitulado “mesmo sendo perseguido, prefeito Gustavo Prandini realiza obras e agrada a população monlevadense”. Na gravação de áudio e imagens realizada dentro e fora do gabinete do prefeito, Prandini diz que esta realizando obras por todos os bairros e regiões da cidade e que tem sido perseguido e impedido de trabalhar por aqueles que denominou de “pessoas que torcem pelo quanto pior melhor”.
Ora, como Prandini fez a opção por abandonar, completamente, o projeto para o qual fora eleito, logo após a vitória nas urnas ou, simplesmente, não assumiu a posição que disse que assumiria, não lhe resta alternativa, dentro de seu universo de fantasias e sofismas, senão a de se colocar na posição de vítima e culpar alguém por seu insucesso. Inexoravelmente, o fracasso vem sempre acompanhado de uma desculpa. E tem sido assim, desde o início. A culpa é sempre da crise, da queda da receita, da imprensa marrom, da oposição, do fogo amigo e etc. O jargão “você é conseqüência direta de seus atos”, definitivamente, não combina com a fantasia e a falácia prandinistas. Para quem compreende a psicologia e a lógica (ou a falta dela) , vigentes no atual governo, o recado passado pelo prefeito é apenas um: falhei.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Leitor Comenta: A Quantas Anda o Pacto Umbilical

O senhor está, mais uma vez, certissimo em sua análise. Agora entendi porque estão buscando petistas de fora. Se fosse verdade que o Prandini estivesse querendo administrar junto com o PT essa discussão passaria primeiramente pela executiva do partido e também pelo Gleber. A própria presidente do partido a vereadora Dulcinéia disse que tomou conhecimento das novas contratações depois que os convites haviam sido aceitos pelos novos forasteiros. Trata-se de mais um golpe da dupla Prandini-Emerson pra cima dos aliados. Parabéns Dr. Fernando por nos ajudar a entender a jogatina dessa turma só pra tentar garantir a reeleição desse fiasco de prefeito.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dona Jandira



Em 07 de outubro passado, dia do calendário católico consagrado à Nossa Senhora do Rosário, a tradicional padroeira dos escravos e dos homens forros das Minas de Ouro, chamei a atenção dos leitores para a situação desumana em que se encontrava uma moradora de nossa cidade, a Dona Jandira. De lá pra cá, a situação daquela pobre senhora não parece ter melhorado. Ao contrário, piorou. Vejam nas fotos acima o que fizeram com o já precário abrigo improvisado pela Dona Jandira no passeio da Rua Lucindo Caldeira, não muito longe da Prefeitura Municipal.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Quantas Anda o Pacto Umbilical?

Para quem ainda não teve a oportunidade de se inteirar, Pacto Umbilical é aquele modelo hermético e anti-político de governo, adotado pela administração prandinista, no qual o ex-assessor de governo e atual assessor de comunicação Emerson Duarte toma, exclusivamente, as decisões político-administrativas relevantes e o prefeito Gustavo Prandini, automaticamente e sem consultar as bases, concorda e assina em baixo.
Trata-se de mal desenhado dueto, no qual, inevitavelmente, se verifica a seguinte conformação: uma cabeça, pretensiosamente, pensante, naquilo que lhe aproveita e um corpo, meramente, figurativo, naquilo que lhe envaidece.
Desde que Duarte foi substituído do comando da Assessoria de Governo da Prefeitura pelo psicólogo de Ipatinga, Tadeu Figueiredo, paira no ar uma sensação quase generalizada de que o Pacto Umbilical estaria se dissolvendo ou se fragmentando entre seus dois hemisférios. Ledo engano. O Pacto Umbilical nunca esteve tão robusto e tão operante. O momento é que demanda um recuo estratégico.
Se alguém ainda tinha alguma esperança de que o atual governo poderia apresentar algo de estruturante ou de construtivo para o povo deste Município, no próximo e último ano do mandato prandinista, pode tirar a mula da chuva, pois a pouca sinergia e a diminuta capacidade de realização, próprias desta administração, não estão mais empenhadas na tentativa de administração da cidade e seus arredores, mas, única e exclusivamente, na reeleição de Prandini. E é diante desta nova situação que o Pacto Umbilical sofre uma falsa metamorfose.
Muitos se confundem e atribuem a Emerson Duarte a responsabilidade pelos sucessivos erros que levaram o atual governo a amargar os mais baixos índices de aprovação popular da história de João Monlevade. Digo “se confundem” porque, apesar de Duarte possuir alguma culpa em relação a tudo de polêmico e de contraproducente ou a quase nada de construtivo que a atual administração tem apresentado até agora, a responsabilidade absoluta pelos erros e pela esterilidade do governo é do mandatário maior do Município, o prefeito Gustavo Prandini, seja por ação ou omissão, pois é ele quem, de uma forma ou de outra, instalou ou permitiu que se instalasse o modelo de gestão que hoje vigora na Prefeitura.
Confusão à parte, o fato é que tal situação, naturalmente, faz do ex-assessor de governo uma figura muito pesada, sob o ponto de vista político e, portanto, inadequada para o atual momento eleitoral que demanda figuras leves e agregadoras. Assim, o próprio Emerson Duarte se permitiu um recuo para os bastidores, retirando-se vanguarda governista e abrindo espaço para novas peças políticas que vão chegando do Vale do Aço, conforme os interesses do gabinete prandinista. O que muitos não percebem é que este espaço político que, finalmente, se abre para certos aliados não está relacionado com a administração de João Monlevade, mas sim com a já deflagrada campanha eleitoral de reeleição do atual prefeito.
O mais curioso, pra dizer o mínimo, é que, finalmente, quando o governo permite alguma abertura política para sua base, sobretudo para o Partido dos Trabalhadores, o espaço é preenchido por petistas forasteiros, o que, confirma a forte relação de paranóia que existe entre o Pacto Umbilical e os chamados aliados do governo.
Sempre, temendo o surgimento de alguma liderança que poderia se contrapor ao modelo umbilicaliano, Prandini e Duarte nunca permitiram abertura ou desenvoltura política a seus secretários ou assessores, durante os primeiros 30 meses de governo, por exemplo. E, sem sombra de dúvida, esta é uma das principais razões do insucesso administrativo de até então, eis que a política não deve ser resguardada apenas para o momento eleitoral, uma vez que toda a execução de um projeto, verdadeiramente, democrático de governo só pode ser materializada mediante a prática da boa política, principalmente para com os aliados.
Mas, como se trata de um modelo artificial e confuso por natureza (basta ver que quem governa não foi eleito para tal) e, portanto, incompatível com toda a complexidade de se administrar um Município do porte de João Monlevade, o Pacto Umbilical, para sua própria sobrevivência, deve se submeter à uma série de condições, igualmente, artificiais e confusas, tais como tratar aliado como inimigo, adversário como aliado; concentrar as informações relevantes, tentar manipular a opinião pública, manter o titular do poder isolado no gabinete e etc. Tudo o que resulta em insegurança, na completa ineficiência administrativa, na política do vai e vem, na falta de planejamento, nas crises administrativa, política, institucional, financeira e por aí vai.
Agora, diante da proximidade do momento eleitoral, o Pacto Umbilical não pode mais prescindir do uso da política para alcançar seus fins, sofrendo uma enganosa transformação estratégica, com a qual passa a conceder abertura para indivíduos que não possuem raízes com o contexto político local e que, a seu ver, dificilmente, ameaçarão o modelo umbilicaliano, enquanto Emerson Duarte continua ditando as regras e decidindo os rumos, mesmo que tortuosos, do governo e, consequentemente, do Município.
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Judicialização Prandinista

Nesta reta final de mandato, alguns aspectos do emaranhado não resolvido de crises que afetam, diretamente, a atual administração, dentre elas, em específico, as crises política e institucional, têm se desdobrado num infeliz fenômeno que pode ser chamado de Judicialização Prandinista.
A clara intolerância para com a diversidade de opinião, a livre manifestação do pensamento e o regular exercício do direito de informação tem levado o prefeito Gustavo Prandini a mover processos judiciais contra órgão da imprensa local, proprietário, editor e funcionários de jornal; vereador e até contra amigos de longa data.
Recentemente, foi o artista - com ele mesmo se intitula - e (ex) amigo de infância do prefeito, Marcelo Sputnik, que entrou na mira processual do chefe do Executivo, por ter postado em seu site na internet, o Brasil PQP, dois vídeos em que o mandatário maior do Município é flagrado perdendo a compostura, em plena praça pública, durante evento oficial da prefeitura.
Imaginem só que entre as várias reclamações constantes do processo que tramita na 1° Vara Cível desta Comarca, o prefeito se queixa de ter sido chamado de “Prandini lero-lero”, pois, segundo suas fundamentações, a expressão “lero-lero” conota a alguém que não cumpre o que promete. Dá pra acreditar?
O fato é que esta nova fase do governo prandinista demonstra, claramente, a dificuldade do chefe do Executivo local em receber críticas desfavoráveis, e por conseguinte, em lidar com a diversidade de opinião própria do Regime Democrático, regime sem o qual - é bom que se diga - ele não teria nem mesmo sido eleito prefeito, além de evidenciar a opção inadequada do agente público em recorrer ao Judiciário, numa triste tentativa de resolver questões emergidas dentro de um contexto de total inabilidade política.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sputnik

Peço desculpas aos leitores por ainda não ter postado nada esta semana. É que o artista, Marcelo Sputnik, me deu muito trabalho esses dias. Amanhã, eu explico.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pisca Alerta Aceso

Uma prática que tem se tornado recorrente, contribuindo para dificultar ainda mais o já caótico trânsito monlevadense é a de certos motoristas pararem ou estacionarem seus veículos em local proibido, deixando o pisca alerta ligado, como se dissessem “sei que estou errado, sei que estou atrapalhando, mas não me olhe torto nem me multe, pois não posso fazer nada, a não ser ligar o pisca alerta”. A autoridade de trânsito (existe isso em JM?) não proíbe a parada ou o estacionamento em determinado ponto da via por mero capricho. As proibições ocorrem, via de regra, sempre visando o interesse comum que, neste caso, é o de se organizar um trânsito fluido, desembaraçado e seguro. Para a legislação de Trânsito, o simples fato de se acionar o pisca alerta não excepciona ou autoriza o estacionamento ou a aparada em local proibido. É preciso mais respeito e menos cara de pau.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Falta D`água

Terça-feira passada, concedi uma rápida entrevista ao jornalista Thiago Moreira da Rádio Cultura, no programa das dez da manhã. Entre os temas abordados, levantei a absurda situação de falta d’água no Bairro José Eloi, que àquela altura já perdurava há longos 7 dias. Por coincidência ou não, no fim da tarde daquele mesmo dia, a água jorrou das torneiras do bairro, com grande pressão, como há muito tempo não se via. Já que o DAE tem sido espoliado das finanças (700.000,00 reais) que deveriam ser aplicadas na manutenção e na ampliação da capacidade da rede de abastecimento de água, o que, sem dúvida, concorre, diretamente, para a falta d`água que se tem verificado, com maior ou menor intensidade, em vários pontos da cidade, gostaria de fazer uma apelo à direção da autarquia no sentido de que o fardo pela falta d´água provocada pela atual administração não seja sustentado apenas por um bairro, seja ele carente ou não. Mas, sim por um rodízio de bairros, independentemente, das condições sociais de seu moradores de modo a democratizar a falta d`água. Afinal, na democracia, cada povo tem o governante que merece e as conseqüência de uma má escolha eleitoral devem ser suportadas por todos.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Prandini no PV

Ontem, em entrevista coletiva concedida na sede do Partido Verde, o prefeito Gustavo Prandini anunciou que não vais mais abandonar a sigla partidária. É que, dentro de uma estratégia para se reeleger prefeito de João Monlevade, Prandini pretendia se filiar ao Partido dos Trabalhadores. O absurdo ficou por conta da justificativa dada pelo chefe do Executivo para continuar filiado ao PV. Na ocasião, esperava-se, no mínimo, que o prefeito reafirmasse seu compromisso com as bandeiras levantadas pelo seu partido, como a causa ambiental, por exemplo. Ou que dissesse, pelo menos, o quanto continuava fiel aos ideais, princípios e companheiros da agremiação partidária, através da qual se elegeu prefeito. Mas, não. Prandini foi seco e esclareceu que não lhe restava opção, senão a de continuar no PV, pois, do contrário, correria o sério risco de ser cassado novamente, desta vez, por infidelidade partidária.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Concurso Público Prandinista

Por recomendação do Ministério Público Estadual, foi, finalmente, realizado no dia de ontem o concurso público para preenchimento de vagas nos quadros da Prefeitura de João Monlevade. Incrivelmente, os examinadores, ou seja, aqueles que aplicaram as provas, eram, em sua grande maioria, ocupantes de cargos comissionados do governo Prandini, o que significa dizer, pessoas, obviamente, parciais sobre o ponto de vista político. Houve até situação em que o examinador era, hierarquicamente, subordinado ao examinado. De onde se deduz, que o exame não foi realizado em ambiente propício à isonomia e à igualdade de condições que devem nortear qualquer concurso público. Outra questão que também chamou a atenção envolve o conteúdo das provas de conhecimentos locais que se revestiram de cunho muito mais político-publicitário do que, realmente, cognitivo. Para se ter uma idéia, houve perguntas sobre o projeto Monlevade às Claras, Lei de Mototaxis, sobre o nome do novo diretor do DAE e etc, ou seja, apenas perguntas sobre temas que o gabinete prandinista considera como pontos positivos em seu governo. Nada foi perguntado sobre a dívida da prefeitura, a falta d’água na cidade ou a Prandinet, por exemplo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Mulher Invisível







Como se vê pelas fotos, o título desta postagem não é alusivo a alguma minissérie da rede Globo de televisão, tão pouco ao recente sucesso de bilheteria do cinema nacional, estrelado por Luana Pionvani e Selton Mello. Trata-se, na verdade, da real invisibilidade que alguns cidadãos monlevadenses, em visível situação de necessidade material básica, têm diante da Administração Pública local. Esta mulher de idade já avançada e de postura curvada pelo peso da inseparável trouxa de guardados que sempre carrega consigo é a Dona Jandira, residente no passeio público da Rua Lucindo Caldeira, não muito longe da Prefeitura Municipal, num instável abrigo de caixotes improvisado por ela sob uma fina lona de plástico. Uma pessoa idosa e sozinha como a Dona Jandira não pode permanecer numa situação de tão espantosa falta de dignidade como essa, vivendo na rua, sujeita à chuva, ao frio e sabe-se lá o que mais. É dever desta Prefeitura e, principalmente, daqueles que vieram para "mudar o que tem de mudar" amparar e prover com as materialidades básicas inerentes à dignidade da pessoa humana, como moradia, alimentação, saúde, lazer e etc, não apenas a Dona Jandira, mas qualquer um que se apresente em condições tão degradantes de carência absoluta(apesar das coisinhas dela serem todas muito arrumadinhas neste espaço reduzido). Gostaria de fazer um apelo ao prefeito Gustavo Prandini e à sua secretária de Trabalho Social, Cláudia Paiva, que enxergassem a difícil situação da Dona Jandira, de modo a ampará-la, a dar-lhe um teto decente e um pouco de dignidade. Gostaria também que ela não fosse, simplesmente, empurrada para o Albergue Municipal e que o caso fosse tratado, respeitando-se o seu direito de ir e vir, além de suas peculiaridades subjetivas que podem e devem ser levantadas por um assistente social.