segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Herói do Ano

O herói do ano em Monlewood City é o proprietário do Posto Girassol (pena que eu não sei o nome de bentito), que não se curvou ao cartel de combustíveis liderado pelo posto Longana. Estou entrando de férias. Agradeço a paciência de todos, principalmente ao Werton, Henrrique (Manthis) e ao Wir Caetano, pela contribuição ao debate. Boas Festas, feliz ano novo, paz e prosperidade a todos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

PM Cobra Viatura da Prefeitura

Hoje pela manha ouvi uma entrevista na rádio cultura com o major comandante da companhia da Policia Militar e Monlevade. Primeiro me causou estranheza a veiculação de uma reportagem com o conteúdo “segurança pública”, dias após o tiroteio na praça do Lindinho que resultou no homicídio de um cidadão. O major, após exaltar o trabalho de sua corporação, conclamou todos a contribuir com a segurança do município e, por fim, cobrou da Prefeitura uma viatura.
Cada macaco no seu galho, major. Já passou da hora da Prefeitura dar um basta a essa relação parasitária que existe entre a PM e o município. A prefeitura cede de imóvel, gasolina, dá manutenção nos carros da PM e, agora tem que dar carro? A PM é uma instituição estadual, subordinada ao governo de Minas, este sim é quem tem que prover a polícia de viaturas. Para onde vão os impostos estaduais que pagamos? ITCD, ICMS, IPVA.

Batalha Campal no Centro Educacional

Ontem, último de aula da rede de ensino municipal, o Centro Educacional foi palco de épica batalha campal. Dezenas de alunos promoveram uma verdadeira guerra de ovos, farinha, bombas e muita tinta, com uso das mais avançadas táticas de guerrilha urbana . Gritaria, saltos, reféns, acrobacias, correria, derrapagens, revanches: um pandemônio completo. No outro dia, hoje, os principais protagonistas da batalha de ontem estavam, novamente, no colégio, só que desta vez, cabisbaixos e retraídos, recebiam as instruções do procedimento de recuperação de ano.
Existem formas mais saudáveis de se extravasar energia ou de comemorar o fim do ano letivo. O comportamento exibido pelos adolescentes, em plena praça pública, não pode ser o esperado de pessoas que estão em idade de formação de seu caráter. A juventude de hoje não respeita valores, não possui limites, está alienada e aculturada. É esse o futuro do município?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Paralelos entre Jango e Prandini

Não posso deixar de traçar algumas comparações políticas entre o governo Prandini e o governo de João Goulart, o presidente deposto pelo golpe militar de 64, obviamente, guardadas as devidas proporções. A presidência de João Goulart, assim como a prefeitura de Prandini, foi, politicamente, um dos governos mais fechados da historia brasileira. Apesar de preocupado com as reformas de base, historicamente, demandadas pelas camadas populares, Goulart era de personalidade retraída e adotou a postura de se isolar em seu gabinete, negando a máxima que política se faz com camaradagem, companheirismo e peito aberto. Depois de,”formalmente”, tomar posse da presidência do país, Goulart se apartou de sua base, dando as costas a seus apoiadores. Digo formalmente, porque as tomadas de decisão relativas às questões nacionais não cabia a Jango e sim a Brizola. Foi Leonel Brizola quem de fato governou durante o pouco tempo que Jango esteve a frente da Presidência da República.Vê semelhança com o governo Prandini? Nada contra Brizola. Mas tal situação, como já foi dito varias vezes aqui no blog, reveste as ações governamentais de ilegitimidade, causando ainda mais indignação e perplexidade junto aos apoiadores, já que o poder delegado pelas urnas é indelegável. Assim, no caso de Jango, a fato de ter se desvinculado de sua base e de ter delegado o comando da nação a outro culminaram na destruição do alicerce político necessário a realização das profundas reformas que pretendia, o que criou o contexto favorável ao golpe de 64. Jango não resistiu ao golpe, porque não teve condições políticas para tal. No caso de Prandini, obviamente não há sinal golpe no horizonte. Mas, assim como Jango, sua sustentação política se fragiliza a cada dia, diante da hermeticidade de seu governo e de sua opção de delegar o comando do município a seu assessor chefe de governo.

Comentação

Comentário à postagem Meio Ambiente: A Culpa é das Vacas

Fernando, corrigindo um equívoco: Na verdade, o potencial de recuperação do capim para recompor o CO2 teria que ser 3 vezes mais rápido, pois as plantas rasteiras não tem a mesma velocidade de neutralização do carbono. Com relação À queima da cana, existe um problema grave, que são as partículas de fumaça emitidas. Elas ficam em suspensão até que uma chuva ou as correntes de vento as dispersem. A queimada sempre ocorre no ciclo produtivo, portanto, ela não deixa de ter um grande impacto ambiental.
Infelizmente, a melhor forma de neutralizar o carbono não são os gramados, e sim as florestas.
Abraços
Manthis, ou Henriques


Prezado leitor, concordo que o potencial de absorção de carbono por plantas rasteiras é baixíssimo se comparado ao das árvores de tronco espesso. Contudo, o tema que abordei na postagem foi, exclusivamente, com relação a recente acusação de que a flatulência das vacas estaria acrescentando mais gazes estufa na atmosfera, com o que não posso concordar. O raciocínio é simples, se uma vaca ingere X quantidade de capim e, através da respiração ou da flatulência, emite Y quantidade de gases estufa (CO2 ou metano), de acordo co Lavoisier, quando, posteriormente, a mesma quantidade X de capim voltar a crescer no pasto (e esse crescimento tem de ocorrer, senão a vaca morre de fome), a quantidade Y de carbono, antes emitida, será imperativamente absorvida na composição do novo capim. É o ciclo da Biomassa. Quanto ao processo produtivo do etanol, concordo que as emissões de partículas advindas da queimada para limpeza do canavial gera impacto ambiental, mas não aumentam a quantidade de gases estufa na atmosfera.

O brigado pela contribuição ao debate.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mito Ambiental II


Outro mito ambiental recorrente se expressa no uso da imagem acima. A imagem destas chaminés é repetidamente usada para denunciar poluição atmosférica nos centros urbanos. Pois bem, estas chaminés não são chaminés. São turbinas de uma usina termo-nuclear. A suposta fumaça é vapor de água. Usina nuclear não emite poluentes na atmosfera.

Meio Ambiente: A Culpa é das Vacas


O meio ambiente, finalmente, está em voga. E põe voga nisso. É Copenhague pra cá, efeito estufa pra lá, desmatamento da Amazônia, créditos de carbono e etc. Caiu no senso comum. E como tudo que cai no senso comum, o tema meio ambiente passa a se contaminar com uma boa dose de preconceito e passionalidade, que fatalmente nos induzem a erro, numa disciplina que deve ser abordada cientificamente.
Agora estão falando que a flatulência do gado esta agravando o famigerado efeito estufa. Coitadas das vacas. Lavoisier deve estar se debatendo no túmulo. Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, dizia o pai da química. O gás metano expelido pelas vacas é resultado da fermentação do capim ingerido. Vaca não come carvão mineral nem bebe gasolina ou óleo diesel. Vaca come capim e capim é biomassa. Ciclo de biomassa não emite gás estufa. A Vaca, como qualquer animal comensal, inclusive você, emite uma grande quantidade de carbono ao longo da vida, a maior parte dele através da respiração, outra parte é através da flatulência, na forma de metano. No entanto, quando o metano emitido atinge a atmosfera ele é decomposto pelos raios solares em H2O (água) + CO2 (gás carbônico). Água não agrava o efeito estufa, CO2 sim. Contudo, como se trata de biomassa, quando o capim que foi devorado pela vaca brotar e voltar a crescer no pasto, todo o CO2 anteriormente emitido pela vaca, seja através da respiração ou da flatulência, será absorvido pelo crescimento do novo capim. È o ciclo da Biomassa. O conceito de que existem gases mais estufa do que outros, como se diz do metano, é equivocado. O planeta está se aquecendo porque a sua atmosfera está ficando mais espessa. A atmosfera funciona como o cobertor do planeta e quanto mais espesso for o cobertor maior será o calor.
É este o problema dos combustíveis fosseis. Eles constituem uma grande quantidade de matéria que se encontrava confinada no subsolo, fora da biosfera, e que foi, através de métodos artificiais, reintegrada à atmosfera. È um acréscimo de gases. Com a biomassa não ocorre isso. Não há acréscimo de gases na atmosfera. É como o que ocorre com o etanol, por exemplo. A queima do etanol emite carbono, mas essa emissão não pode ser considerada como acréscimo de gases na atmosfera porque, quando se planta uma nova safra de cana para se produzir mais etanol, todo o carbono emitido pela queima anterior é então absorvido pelo crescimento da nova cana, passando a compor a substancialidade da mesma. É um ciclo idêntico ao das vacas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

História das Minas de Ouro e Diamante: A Fundação do Estado

A descoberta das jazidas de ouro pelos bandeirantes e sertanistas paulistas, no final do século XVII, despertou o interesse de pessoas de toda a espécie que logo se dirigiam para as minas. No entanto, a ocupação da região mineradora não se daria de maneira pacífica. Os paulistas, os descobridores do metal, se sentiram prejudicados com o fato de terem de dividir o ouro, a terra e o domínio social com portugueses, estrangeiros, baianos e outros povos, também atraídos pelas riquezas minerais. Os paulistas denominaram os forasteiros de emboabas em alusão às longas botas que calçavam, as quais os assemelhavam a uma ave pernalta e desengonçada que levava o mesmo indígena. Devido a enorme desavença que se estabeleceu e diante da inexistência de uma autoridade constituída, em 1707, irrompeu na região do Sertão do Cuieté (Caeté), onde o ouro era encontrado em grade quantidade a flor da terra, a guerra civil conhecida como Guerra dos Emboabas.Os anos de 1707 e 1709 foram marcados por intensa luta armada, que resultou no triunfo dos emboabas, que passaram a controlar as principais datas auríferas e provocaram o deslocamento dos paulistas para áreas mais afastadas, ao longo do Rio das Mortes (Tiradentes e São João Del Rei).

Emboaba típico

A necessária intervenção das autoridades coloniais no sentido de solucionar o conflito alertou a metrópole para a criação e regularização de órgãos administrativos no âmbito judiciário e fiscal. Entre as primeiras medidas oficiais estaria a distribuição de datas e sesmarias, definindo-se territórios e seus respectivos proprietários. Em 1710, a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro é criada, sendo escolhido para governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho.

Divisão administrativa do Brasil, após a Guerra dos Emboabas.

No ano seguinte, alguns arraiais mineradores são transformados nas primeiras vilas da capitania recém-criada e é fundada a Vila Real do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo (Mariana), a primeira sede da Capitania. Em 1720, ocorre em Vila Rica a Revolta de Felipe dos Santos contra a proibição da circulação do ouro em pó e a conseqüente instalação das Casas de Fundição, onde o metal seria quintado e Capitania de Minas é desmembrada da de São Paulo, passando a denominar-se Capitania das Minas de Ouro e Campos Gerais e a capital é transferida para Vila Rica de Albuquerque, a fim de se obter maior controle sobre a mais revoltosa das vilas mineiras, a futura Ouro Preto.

Julgamento de Felipe dos Santos.

Em 1816, o Sertão da Farinha Podre (atual Triângulo Mineiro) foi anexado ao território de mineiro, dando a Minas os contornos fronteiríços que conhecemos, hoje.
Em 1823, após a Independência do Brasil a capitania foi elevada a Provincia das Minas Gerais e posteriormente, com a proclamação da república, diante das dificuldades topograficas de Ouro Preto, a capital foi transferida para Belo Horizonte e a provincia é elevada a condição de estado.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pesquisa Data o que?

Desculpem a lentidão do pensamento, mas só agora ficou claro para mim no que, realmente, consiste a assessoria política prestada ao prefeito por Márcio Passos: publicar na primeira página do A Notícia manchete de interpretações subjetivas de pesquisas de opinião favoráveis ao governo, a cada dois ou três meses. Digo interpretação subjetiva, porque se a primeira página trouxesse o resultado objetivo da pesquisa, a manchete seria, inexoravelmente, desfavorável ao governo. Números são números. O mais incrível é que o instituto que realiza a pesquisa é o Data Minas, a antiga Data Fato, que posteriormente às eleições de 2008, trocou de nome. Coincidentemente, durante os 90 dias de campanha, como representante jurídico da coligação do PV, movi cinco ações de impugnação contra as pesquisas fraudulentas da Data Fato ou Data Minas, muitas delas com deferimento judicial do pedido de impugnação, ou seja, em muitas delas a Justiça as considerou realmente fraudulentas e prejudicais ao então candidato Gustavo Prandini. Como as coisas mudam!Como mudam!
Confesso que todo este espírito natalino me enche de nostalgia e de saudades do tempo em que passava o Natal junto de meu avô materno. Como forma de reviver esta boa lembrança, peço licença ao leitor para publicar um foto de meu saudoso avô, Virgulino Ferreira da Silva, e seu bando.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dorinha Salva a Pele de Prandini

Vejam só essa: todos nós sabíamos que o corrente ano seria complicado sob o ponto de vista fiscal, haja vista a grave crise financeira que assolou a economia global. Em tempos de crise, a atividade econômica diminui, consideravelmente, o que reflete na arrecadação de impostos.
Assim, diante de um contesto econômico desfavorável, seria obrigatório o contingenciamento do orçamento da Prefeitura, em no mínimo 10%. 2009 deveria ser um ano de economia e prudência nos gastos. Mas o que se viu, ao contrário, foi uma gastança desenfreada: festas, cavalgada, Linha Azul e etc. Gastou-se tanto que faltou dinheiro para o décimo terceiro dos funcionários comissionados. Para eles, décimo terceiro só no ano que vem. Mas então, ocorreu um fato inacreditável: como a Câmara de Vereadores não possui capacidade tributária, sua receita advêm de repasses regulares realizados pela Prefeitura. Acontece que, o governo Prandini gastou tanto, mas tanto, que faltou dinheiro até para cobrir o último repasse para a Câmara Municipal. Entenderam bem? O governo não conseguiu sequer garantir o repasse de receita para Câmara de Vereadores, que é um dever constitucional básico do município. De tal forma que Dorinha teve de devolver, antecipadamente, para a Prefeitura o dinheiro que a Câmara economizou no último semestre, para, aí sim, a Prefeitura ter caixa para realizar o repasse ao legislativo. Santa Dorinha! Salvou a pele de Prandini. E se a Câmara não tivesse economias para devolver à Prefeitura? A situação se complicaria. A Constituição é clara:

Art. 29-A [...]
[...]
§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:
[...]
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.

Imaculadas Praças Natalinas


Realmente ficou linda a decoração natalina das praças de Monewood City .A Cidade fica bela, agradável e com aquele clima natalino que facilita a inserção de todos no ambiente de fraternidade própria do natal.Parabéns a Imaculada, da Divisão de Parques e Jardins, pelo trabalho.

The Blue Line (a linha azul)

Para alguns, pode parece cedo para se estabelecer um veredicto sobre a Linha a Azul. Mas se tal projeto for analisado objetivamente, o veredicto torna-se possível. A Linha Azul foi proposta como a solução para as sistemáticas contenções do trânsito no centro da cidade. Frisa-se: no centro da cidade. Mas, ao invés de enfocar a região central, a Linha Azul se enveredou em resolver problemas que não existiam, o que, ironicamente, multiplicou os problemas já existentes. A dificuldade do trânsito está no centro da cidade e não nos acessos aos bairros ou à BR. O Projeto da Linha Azul, com se vê, facilita o trafego de quem pretende deixar o centro, rumo ao Bairro de Lourdes e à BR 381, ao passo que dificulta o trânsito de quem desce dos bairros, rumo ao centro. A questão é que, quem vem ao centro, não vem por mero capricho, vem a procura de comércio, serviços, trabalho e etc. O cidadão não vai usar a Linha Azul só porque ela existe. Óbvio. Ele vai usá-la se e quando precisar dela, ou seja, quando tiver que sair do centro, rumo aos bairros. No entanto, a demanda predominante não é pelo acesso aos bairros e sim ao centro. Assim, as intervenções no trânsito deveriam se voltar para as questões relativas à fluidez do tráfego no centro da cidade, sem inventar chifre na cabeça de cavalo. Dificultar o acesso, de quem vem dos bairros, ao centro, não resolve nada e o que se tem percebido é um embaraço maior do que o de antes, o que é péssimo para o comércio, principalmente em época de festas. Mesmo que se façam os ajustes prometidos, a Linha Azul será, no mínimo, inócua. Como foi concedida, ela não atinge a raiz do problema. É mais uma daqueles projetos caríssimos Pra Inglês Ver. Muita pompa e circunstância, muita publicidade, muito estardalhaço, muita tinta, semáforos, faixas, monumentos, pra nada.

Falta Ambulância no PA ?

Apesar de a Prefeitura ter adquirido três novas ambulâncias, parece que ainda falta ambulância no PA. Salvo engano, o que parece realmente estar em falta na Prefeitura é motorista com carteira de habilitação categoria D para conduzir as novas ambulâncias Fiat Ducato. E se o problema for realmente este, mais uma vez faltou planejamento.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

História de Monlevade:Raríssimo Vídeo da Visita de Estagiários da Escola Superior de Guerra à Usina de Monlevade, em 1955.

Filmagem realizada na década de 50, nas instalações da Usina, contendo imagens dos alto-fornos, da aciaria, da trefilaria e do antigo cassino. Destaque para a presença do Diretor Superintendente Joseph Hein, do Engenheiro Geraldo Parreiras, de autoridades e de funcionários da época.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Prandini Ltda

Lembro me do jovem e então promissor candidato à prefeito, garantindo que, se eleito, promoveria um governo de ampla e irrestrita participação das bases, dos partidos e dos companheiros de luta. Passada a eleição, o que se viu? O governo mais fechado da história de João Monlevade.
Sempre tive repúdio ao governo Moreira por considerá-lo hermético de mais. Moreira não governou para o povo e sim para a sua própria base. Quem não integrasse a base moreirista não era considerado pela da prefeitura. Infelizmente, o governo Prandini conseguiu tem se revelado mais fechado ainda.
Hoje a prefeitura é administrada, sem se considerar o indispensável elemento político, como se fosse uma grande empresa Ltda. Aqueles que construíram a vitória nas urnas não são considerados e foram, em grande maioria, preteridos. Boa parte das cadeiras administrativas da prefeitura foi ocupada por indivíduos injustificados, estranhos à base político-eletiva, muitos deles apenas amigos da irmã, da esposa ou do chefe de governo do prefeito, além dos supostamente técnicos,igualmente estranhos, os quais, inacreditavelmente, assumiram colocações políticas na administração. Parece que a base foi boa para eleger o prefeito, mas não é tão boa para governar com dele. Como se não bastasse, inaugurou-se na Prefeitura uma política de demissões nunca vista. Liderança passou a ser sinônimo de autoridade para mandar embora. De tal forma que o pouco da base que restou no governo se viu num ambiente instável e inseguro, incompatível com as liturgias políticas necessárias à constante legitimação do poder. Apenas a vitoria nas eleições não é suficiente para a legitimidade do governo. A legitimidade deve ser construída, dia a dia, criando-se um ambiente político estável e favorável que convalide as ações governamentais, o que somente é possível através da manutenção de uma ampla e homogênea base política.
Sem falar no agravante político de se delegar as tomadas de decisão a que não possui legitimidade para tal. Apenas àquele para quem o povo delegou o poder cabe a tomada de decisão. Quem tem que decidir é o prefeito, ouvida a base. Quando se adota um modo de governo, no qual outro decide os rumos do município, tais decisões se tornam insustentáveis, sob o ponto de vista político. Política nao é o forte do governo Prandini.

sábado, 5 de dezembro de 2009

História das Minas de Ouro e Diamante: O Ouro Mineiro


Barra de ouro extraído em Minas,em 1809, devidamente quintado.

Em Minas, a descoberta do ouro se deu no final do séc. XVII, simultaneamente, por vários bandeirantes e sertanistas: Salvador Fernandes Furtado descobriu as lavras do Ribeirão do Carmo (Mariana), Antônio Dias Cardoso revelou a existência do metal precioso no vale do Tripuí (Ouro Preto), o padre João Faria descobriu o famoso ouro preto. João Lopes de Lima apontou outras jazidas no Ribeirão do Carmo. Borba Gato revelou as minas de Sabarabuçu (Sabará). Domingos Fonseca Leme descobriu ouro em um afluente do rio das Velhas. Domingos do Prado, no rio Pitangui. Bartolomeu Bueno, no rio Pará. Antônio Garcia Cunha, nas margens do rio das Mortes (São João DeL Rei).
Tantas descobertas simultâneas e em áreas relativamente distantes entre si, evidentemente, não foram meras coincidências. O desabrochar instantâneo de tantas minas tem explicação mais pragmática: em 1694, sucumbindo ao óbvio, a Coroa Portuguesa decidiu modificar a legislação que a tornava dona de todos os minérios encontrados no Brasil. A partir de então, o direito de posse das minas seria concedido ao descobridor, cabendo ao rei apenas e tão-somente um quinto dos achados. Agora, o ouro estava acessível a quem se interessasse por ele. Só então os sertanistas de São Paulo revelaram ao mundo as minas que já deveriam conhecer havia pelo menos 20 anos. O fato teve repercussão global, pois as lavras encontradas nas Gerais configuraram a maior descoberta de ouro registrada no planeta, até então. Foi o maior volume de ouro, explorado da forma mais célere. Portugal instituiu um método, extremamente, eficiente de exploração do ouro mineiro. Em breve, as mais de mil toneladas, oficialmente, arrancadas das entranhas da terra fariam o fausto e a opulência das cortes européias, especialmente da Inglaterra, graças ao Tratado de Methuen (o tratado dos vinhos e dos panos), curiosamente, assinado com Portugal,logo após ao descobrimento das minas auríferas, em 1703, no qual se estabeleceu, entre outros termos, que à Inglaterra caberia metade de todo o ouro descoberto no Brasil. Portugal se beneficiou com pouco do ouro explorado nas Minas Gerais. Boa parte da porção de ouro que caberia aos portugueses, conforme as absurdas cláusulas do tratado, foi parar nas mãos do Vaticano e da Casa Real dos Hapsburgs da Áustria, a monarquia mais influente da Europa, na época.
O ouro extraído de nossas terras criou as condições financeiras necessárias para a mais importante revolução econômica do mundo - a Revolução Industrial. O ouro mineiro permitiu que a circulação de moeda fosse triplicada na Europa, já que o metal era e ainda é usado como lastro para emissão monetária. Diante da abundância monetária conseqüente da abundância de ouro nos mercados europeus, foi possível o acúmulo de capitais que resultaram na Revolução Industrial, primeiramente, na Inglaterra, graças ao tratado dos vinhos, panos e muito ouro.
Mas, o ouro mineiro não foi todo perdido. Ele foi responsável pelo surgimento de uma cultura urbana frenética, complexa e esplendorosa, sem precedentes em terras americanas e ainda há bastante ouro em Minas. O chamado ouro de aluvião que se extraiu facilmente e em grande quantidade nas margens dos ribeiros, este sim se esgotou. O ouro de filões e veios ainda é farto.
O que, definitivamente, encerrou o ciclo do ouro em Minas foi a abolição da escravidão. Sem escravos a atividade se tornou inviável, sob o ponto de vista econômico. Foi quando houve o predomínio das companhias inglesas na exploração do ouro mineiro, as quais implantaram métodos industriais de extração do metal, alcançando grande produção, em continuidade à histórica pilhagem da riqueza de Minas. Posteriormente, diante da onda nacionalista que se irrompeu com o Estado Novo de Vargas e da justificada consternação que a usurpação de nosso ouro, historicamente, tem afetado o imaginário da nação, Getúlio Vargas, finalmente, desmantela grande parte do sistema de exploração aurífera montado pelos ingleses e ,desde então, explorar ouro em Minas se tornou tabu.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

STF Abre Processo Contra Mensalão Mineiro


O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ontem, 03/12/2009, um processo criminal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB) e companhia. Agora, ele é réu numa ação penal e será julgado por suspeita de envolvimento no Mensalão Mineiro. Por 5 a 3, o STF aceitou a denúncia do Procurador Geral da República, que acusa Azeredo e outros políticos mineiros de participação em desvio de verba e de caixa dois em 1998, quando tentou a reeleição ao governo de Minas. Obviamente, Azeredo negou o Mensalão e disse que “será a oportunidade para que seja comprovada minha correção como agente público”.

Outro envolvido que também terá sua oportunidade de comprovar sua correção é o deputado Mauri Torres. Para o Procurador Geral, é preciso “apurar a conduta de Danilo de Castro e demais envolvidos sob os enfoques cível e criminal”. Segundo o Procurador, há indícios robustos que o secretário se associou ao deputado estadual Mauri Torres (PSDB) para avalizar um cheque no valor de R$ 707.000,00, contraído pela empresa SMP&B Comunicação de Marcos Valério, em 25 de novembro de 2004, no Banco Rural.

O povo monlevadese não vê a hora de conhecer as verdadeiras razões que levaram seu representante na Assembléia Legislativa, o deputado Mauri Torres (PSDB), a avalizar, ou seja, a garantir o pagamento pessoal, de um cheque de quase um milhão de reais a Marcos Valério.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Valorizar o Professor é Valorizar a Essência Humana

Considero os professores como os grandes heróis da república. Historicamente, o professor brasileiro tem recebido um tratamento muito aquém do merecido e do necessário ao desenvolvimento do país. Não raro, há casos de professore que compram giz do próprio bolso para trabalhar. Todavia, décimo quarto salário para a categoria me parece populismo e, até mesmo inconstitucional, haja vista o município não possuir competência para legislar sobre matéria de direito do trabalho e salário é sempre matéria trabalhista.Definitivamente, não é com populismo que vamos valorizar os professores municipais. É inconcebível, num município rico como o nosso que se pretende cidade pólo, não existir um plano de cargos e salário que valorize, dignifique, motive e possibilite ao professor sua qualificação profissional.
A essência humana reside na capacidade de agirmos conscientemente, imbuídos de racionalidade. Diferentemente do que se diz, o homem não é um ser naturalmente racional, mas sim cultural, ou seja, o homem é produto do meio. A grande questão é que há culturas que conseguem inserir o indivíduo em um meio racional, onde lhe é dada a capacidade de operar a racionalidade humana, de agir racionalmente. São as chamadas culturas civilizadas. Outras não conseguem, pois estão fortemente afetadas por convenções, dogmas, estigmas, passionalidades, preconceitos e, sobretudo pela ignorância que interessa apenas a aqueles que se beneficiam da vasta injustiça mundana que recai sobre um povo pouco racional. Aí, o resultado é o caos que hoje existe. A forma mais garantida de conseguirmos criar um cotidiano racional que traga a justiça, em seus mais variados e necessários aspectos, é através da educação universal de qualidade. Uma educação que prepare o cidadão para a vida, que crie um ser humano racional, consciente de si, que consiga entender e interagir com o mundo que o cerca. Você tem alguma dúvida de que o professor é fundamental neste processo? Valorizar o professor é valorizar a essência humana.

Utilidade Pública: Garrafas PET X Aterro Sanitário

No início do ano, fiz uma visita ao aterro sanitário, onde é depositado todo o lixo domestico e hospitalar produzido em nosso Município, Nova Era, Rio Piracicaba e Bela Vista. O que mais me impressionou no aterro foram as garrafas PET. Não é difícil imaginar que o aterro está tomado por garrafas PET. Parece até que o mundo vai acabar em garrafa PET. O problema é que a PET vai parar no aterro fechada, com a respectiva tampa bem apertada. Vou explicar: quando o lixo chega ao aterro, ele é despejado em valas e, posteriormente, compactado por um trator esteira, de modo a acomodá-lo no menor volume possível, o que contribui com a longevidade do aterro. Porém, as garrafas tampadas são resistentes a compactação, diferentemente das destampadas, que são completamente esmagadas e passam a ocupar um espaço ínfimo. Uma garrafa PET comum não esmagada ocupa o absurdo volume de dois litros. Como são infinitamente numerosas, tal volume se multiplica infinitamente, o que tem diminuído consideravelmente a vida útil do aterro. Quanto mais tempo durar o aterro sanitário, mais barato é para o Município e, obviamente, sobrará mais dinheiro para as escolas, postos de saúde e etc. Fica aqui o meu apelo: ao descartar uma garrafa PET no lixo, retire a tampa.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Estamos Correndo um Alto Risco de Morte

Basta analisarmos apenas um fator para chegarmos à conclusão que a forma como a sociedade brasileira se organiza está completamente equivocada. E a expressão “sociedade brasileira” deve ser entendida em todas as suas formas de organização, sejam elas institucionais ou não: nas relações interpessoais, na educação, na segurança, na saúde, no judiciário, na política, nos negócios, no mercado... em suma, desde as relações mais cotidianas, como pagar uma conta no banco, até as mais complexas, como ser submetido a uma cirurgia, percebem-se equívocos sistêmicos e estruturais que têm afastado de nós várias fatores essenciais à condição humana, dos quais o primordial seja o direito à vida. Em nenhum país do mundo, nem mesmo naqueles em guerra como Iraque, Sudão ou Afeganistão, morre-se tanto quanto no Brasil. Os hospitais brasileiros são os que mais matam. O trânsito brasileiro é o que mais mata. A violência urbana... nem se fala. O Brasil é o país que registra os maiores índices de mortes por crimes passionais. São inúmeras, abundantes, comuns e extremamente corriqueiras as formas pelas quais se morre no Brasil e com certeza, a ignorância é a que mais mata. De tal forma que não é preciso se fazer um estudo aprofundado para se aferir que algo está muito errado no Brasil, basta vislumbrarmos a quantidade escomunal de pessoas que morrem neste país, ano a ano. Isto, por si só demonstra que estamos no caminho errado.
O que se percebe é que o Estado brasileiro perdeu, como um todo, a sua capacidade de garantir ao cidadão o direito mais básico de todos: o direito a vida. Em outras palavras, o Estado perdeu sua razão de existir. A razão de existir do Estado é o cidadão. Na medida em que o Estado se manifesta incapaz se preservar e garantir a vida do cidadão ele, automaticamente, perde a razão de existir. De outro lado, ainda existe o agravante de que a própria sociedade enxerga com normalidade e passividade ao verdadeiro extermínio de seus iguais. O que tem ocorrido é que todo o fisiologismo, patrimonialismo, jeitinho brasileiro ilícit(o jeitinho brasileiro expressa a vasta e necessária criatividade de nosso povo, o que não pode acontecer é o jeitinho transgredir a lei), somados a toda corrupção, impunidade, irresponsabilidade, ignorância, má escolaridade e etc, que, historicamente, permeiam a forma como nós nos organizamos em sociedade, têm se manifestado de modo tão danoso a nós mesmos que a vida humana passou a não ter valor no Brasil.Estamos exterminando a nós mesmos.
Assim, diante de um Estado incapaz e de uma sociedade leniente entramos num ciclo vicioso de autodestruição no qual qualquer um de nós é uma vítima em potencial. Estamos correndo um alto risco de morte, neste país. O próximo pode ser você e de uma forma "bem normal": no trânsito, no PA, na enchente, na fila do SUS, na 381, na calçada de casa, no tiroteio, no trabalho, na escola,no incêndio, na pobreza, na ignorância, no ciúme, na raiva.....

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Nó Azul

A linha Azul já foi inaugurada com toda pompa e circunstância. Entretanto, não se tem percebido os benefícios, os quais tal projeto se propôs. Como já foi dito aqui, o problema básico do trânsito monlevadense reside na falta de espaço das vias, o que se concretizou como conseqüência da falta de planejamento urbano da cidade, nas últimas décadas. Volto a repetir: devemos escolher entre destinar o pouco espaço de nossas vias ao estacionamento de veículos ou ao tráfego. A solução para os freqüentes congestionamentos é proibir o estacionamento de veículos na Av. Wilson Alvarenga e, para isso, construir estacionamentos públicos no centro da cidade, onde o cidadão possa deixar seu carro. Que se cobre um real ou cinqüenta centavos por hora. Dois pontos ótimos para a construção de amplos estacionamentos são o terreno ao lodo do Zamburguer e o prédio abandonado em frente ao Centro Educacional. Assim, o cidadão que viesse ao centro teria um lugar seguro e barato onde deixar seu automóvel e a avenida ficaria livre para o tráfego, minimizando a ocorrência de congestionamentos. Monlevade se tornou uma cidade tão complexa que a Administração Pública não pode prescindir do instituto da desapropriação para solucionar os problemas advindos de tal complexidade.